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sexta-feira, 26 abril 2024

A aposta é digital, mas o pecado é real

O país possui mais de 450 plataformas de apostas esportivas, os famosos “Bets”. Foto: reprodução internet/ divulgação

Com o aumento das apostas esportivas pela internet e os joguinhos online, o evangélico precisa estar atento aos perigos desses aplicativos.

Por Cristiano Stefenoni

Em meio ao anúncio do Governo Federal em taxar o lucro dos sites de apostas esportivas, um assunto volta à tona: o evangélico pode participar de jogos de azar? Apesar do “não” ser uma resposta óbvia, o fato é que, com a tecnologia, surgiram novos aplicativos que transformaram as antigas apostas em jogos online de entretenimento. E ainda há dúvidas sobre os conhecidos “títulos de capitalização”, que sorteiam prêmios e revertem parte dos lucros às instituições sociais.

O país possui mais de 450 plataformas de apostas esportivas, os famosos “Bets”. Isso sem contar os outros aplicativos que simulam cassinos, joguinhos como foguetinho, cheio de cores e sons, incentivado por artistas e influenciadores digitais nas redes sociais, mas que na verdade, é uma forma do usuário perder dinheiro.

Só para ter uma ideia do quanto esse setor movimenta, com as taxações que serão aplicadas pelo Ministério da Fazenda, há uma expectativa de que se arrecade R$ 150 bilhões em impostos.

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Para o pastor Leonino Barbosa Santiago, que é mestre em Liderança pela Andrews University, a Bíblia não dá margem para dúvidas e qualquer jogo de azar, independentemente se é físico ou digital, é pecado.

“O jogo de azar afeta cada vez mais e mais pessoas ao redor do mundo. O conceito de ganhar à custa dos outros tem se tornado uma espécie de maldição moderna. Não é uma forma apropriada de lazer ou um meio legítimo de se ganhar dinheiro. Então o cristão não deve jogar”, afirma Santiago.

De acordo com o pastor, o cristão deve viver conforme os princípios da Palavra de Deus, e apesar dela não citar diretamente os jogos de apostas, a Bíblia está repleta de orientações sobre esse tipo de conduta. Ele cita alguns:

“O dinheiro ganho com desonestidade diminuirá, mas quem o ajunta aos poucos terá cada vez mais” (Provérbios 13:11); “Os que querem ficar ricos caem em tentação, em armadilhas e em muitos desejos descontrolados e nocivos, que levam os homens a mergulharem na ruína e na destruição, pois o amor ao dinheiro é a raiz de todos os males. Algumas pessoas, por cobiçarem o dinheiro, desviaram-se da fé e se atormentaram com muitos sofrimentos” (1Timóteo 6:9-10).

Sobre os títulos de capitalização, pastor Santiago ressalta que é uma modalidade de aplicação financeira, portanto, não se enquadra na categoria de jogos de azar. “Os títulos de capitalização são aplicações programadas, normalmente oferecidas por bancos, durante um prazo pré-estabelecido. Não é considerado jogo ou aposta”, afirma,

Dinheiro ganho em aposta pode ser dizimado?

Mas e se um crente fizer uma aposta e ganhar? Ele pode dizimar sobre o prêmio? A igreja aceitaria esse valor? O pastor explica que, para Deus, o dinheiro é neutro, portanto, a intenção de ser fiel ao Senhor e reconhecê-lo como soberano em sua vida é mais importante do que a origem da fonte.

“Às vezes é alegado que esse dízimo é dinheiro ‘sujo’ e ‘indigno’ porque provém, por exemplo, de uma prostituta, um homossexual ou de uma pessoa que faz negócios dúbios e, em consequência, não é digno de ser recebido por Deus. Mas, na realidade, não há dinheiro limpo ou sujo, digno ou indigno. O dinheiro em si mesmo é neutro. Por conseguinte, quando o dinheiro é dedicado a Deus pode ser legitimamente recebido”, finaliza.

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