Li recentemente uma reportagem mostrando que, em seis meses, Lula recebeu a visita de 17 líderes religiosos, sendo que o pai de santo Caetano de Oxóssi foi ao seu encontro na cadeia por três vezes nesse período.
É necessário esclarecer que a lei permite que os apenados tenham até 24 visitas nesse prazo, portanto, não há privilégios nesse sentido dispensados ao ex-presidente.
O que chama atenção é que o petista disse anteriormente ser “fruto da teologia da libertação”, sendo eleito com o apoio da Igreja Católica, à qual se declarava fiel. Mas qual o problema de se encontrar com um pai de santo?
Nenhum. Mas será que a Igreja Católica o esqueceu? Estaria Lula sendo desprezado por aquela que deveria ajudá-lo em um momento em que mais precisa de um apoio espiritual? Será que a admoestação de Paulo ainda se faz necessária hoje (2 Tm 1:8 – “Não te envergonhes… do teu encarcerado”)?
Também vejo aqui duas questões de grande importância: 1) a preocupação do pai de santo com a vida espiritual de um preso. Não ficaria surpreso se fosse um pastor evangélico quem o tivesse ido com mais frequência, mas parece não ter havido qualquer contato nessa linha; 2) a evidência de que posições ideológicas influenciam nossa religiosidade. Deveria ser o contrário. Não somos mais sal nem luz?
Essa é mais uma prova do declínio das Igrejas Evangélicas, pois estamos deixando de ser testemunha para nos tornarmos meros religiosos.
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