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quarta-feira, 9 DE outubro DE 2024

4 ensinamentos bíblicos para vencer a preguiça

Foto: Reprodução

A ociosidade revela falta de lealdade, e a preguiça mostra não somente um corpo, mas também um coração adormecido, segundo pastor 

Por Patricia Scott

O dicionário explica a preguiça como “aversão ao trabalho; ócio, estado de prostração e moleza”. Segundo as Sagradas Escrituras, tal postura é errada e pecaminosa e leva o indivíduo à ruína. Salomão escreveu: “O preguiçoso deseja e nada consegue, mas os desejos do diligente são amplamente satisfeitos” (Provérbios 13.4).

Dentro desse contexto, o pastor Scott Hubbard, da All Peoples Church, nos EUA, destacou quatro lições bíblicas para conscientizar os cristãos sobre a necessidade de vencer a preguiça. Ele utilizou o texto de Provérbios 24.30-34, que revela as consequências enfrentadas pelos preguiçosos.

“Podemos hesitar em estudar o preguiçoso, preferindo poupar a nós mesmos dessa visão desagradável. Mas, às vezes, o nosso ego indolente morre apenas quando damos uma olhada demorada e cuidadosa nele”, salientou o pastor.

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No entendimento de Scott, a ociosidade revela falta de lealdade, e a preguiça mostra não somente um corpo, mas também um coração adormecido. “É por isso que o sábio usa a adaga que faz uma ferida profunda no coração do preguiçoso”, observou o pastor, citando Colossenses 3.17: “Tudo o que fizerdes, seja em palavra, seja em ação, fazei-o em nome do Senhor Jesus, dando por ele graças a Deus Pai”.

Confira 4 lições bíblicas contra o pecado da preguiça

Pouco produz acúmulo

“‘Vou dormir um pouco’, você diz. ‘Vou cochilar um momento; vou cruzar os braços e descansar mais um pouco’” (Provérbios 24.33). Segundo o pastor, “um pouco”, sem dúvida, “é insignificante, exceto pelo menos quando unido a milhares de outros poucos”. Ele exemplificou: “Muitas pequenas gotas de chuva forma um lago. Muitos pequenos cortes derrubam uma árvore”. Portanto, ao lidar “com pouco — poucas tentações, poucas decisões, poucas oportunidades para negação do ego — é muito importante”.

Como evidência, Salomão recomendou em Provérbios 6.6: “Vai ter com a formiga, ó preguiçoso, considera os seus caminhos e sê sábio”. O pastor explicou que as formigas são pequeninas. No entanto, “uma carrega um resíduo de lixo, outra leva um pedaço de uma folha, uma terceira, uma migalha de pão. Uma formiga não pode trabalhar muito rapidamente; porém, com o passar do tempo, pouco a pouco, um formigueiro surge do lixo; uma rede de túneis subterrâneos se forma; uma colônia está aquecida e alimentada”.

De acordo com Hubbard, algumas vezes, de fato, o caminho para fora da casa da preguiça é uma ladeira elevadíssima que requer muito esforço. No entanto, na maioria das vezes, “somos mais sábios em andar calmamente, trocando poucas tolices por poucas sabedorias, desenvolvendo resoluções modestas e semelhantes às das formigas e, depois, edificando sobre essas resoluções”.

Scott disse ainda que, ao longo desse trajeto, “recusamos pequenos compromissos em favor de pequenos atos de obediência; evitamos pequenas preguiças em troca de pequenos esforços. Colocamos toda pequena dificuldade na presença de nosso Pai, que está no céu. E, pouco a pouco, recebemos dele a força para trabalharmos mais diligentemente”.

Negligência gera ervas daninhas

“Passei pelo campo do preguiçoso, pela vinha do homem sem juízo; havia espinheiros por toda parte, o chão estava coberto de ervas daninhas e o muro de pedra estava em ruínas” (Provérbios 24.30-31). Scott ponderou que o preguiçoso não plantou os próprios espinhos, é claro, mas, por não trabalhar, ele pode muito bem ter favorecido o surgimento deles. “Se não sulcamos a terra, se não a aramos e não plantamos a boa semente, preparamos naturalmente o solo para outro propósito. Negligência produz ervas daninhas”.

Ele pontuou ainda que quando há permissão para o preguiçoso segurar “a nossa mão, não somente paramos o trabalho bom, mas também produzimos ervas daninhas”. Talvez, por enquanto, “as ervas daninhas apareçam apenas em nossa própria alma, visto que monitoramos a nós mesmos na escola da preguiça. Ou talvez as ervas daninhas cresçam de modo que todos vejam — em trabalho feito pela metade e compromissos não cumpridos, desculpas tolas e responsabilidades abandonadas”.

O preguiçoso parece inocente muitas vezes. Entretanto, em Provérbios 18.9, está escrito: “Quem é negligente na sua obra já é irmão do desperdiçador”. O pastor disse que nada é feito quando a pessoa age com preguiça. “Estamos deixando as ervas daninhas crescerem, derribando muros, rachando alicerces e cultivando espinhos, ainda que seja muito lentamente”.

Desejos enganosos

“O preguiçoso morre de tanto desejar e de nunca pôr as mãos no trabalho” (Provérbio 21.25). “Morre expressa em parte uma hipérbole, talvez, mas apenas em parte. Naquela cultura e naquele tempo, sobrevivência dependia do trabalho, de mãos calejadas, campos arados, safras colhidas e dias longos. O mundo era, naquele tempo, um lugar mais áspero para preguiçosos”.

Os desejos do preguiçoso parecem ser os amigos mais íntimos, as ajudas mais sábias, expõe Scott. “Preguiça não é tão letal em nossos dias, pelo menos não em muitos lugares. Mas o sábio reconhece que, se o desejar do preguiçoso não tira a sua vida, tira quase tudo: a alegria do bom suor de um dia, a paz de relacionamentos preservados com cuidado, a recompensa de talentos bem administrados. O preguiçoso pode até desfrutar de uma existência mais fácil, por alguns dias ou alguns minutos. Mas, depois, cada parte da vida se torna dolorosa”.

Portanto, o pastor aconselha: “Quando desejos preguiçosos aparecerem, em toda a sua aparente doçura, o sábio prende esses desejos em algum lugar mais firme do que os prazeres momentâneos de sono, comida ou entretenimento. Ele ouve ao Senhor Jesus; considera os conselhos do seu Espírito e Suas promessas de fortalecimento”.

Trabalho árduo

“O preguiçoso considera-se mais sábio do que sete homens que respondem com bom senso” (Provérbios 26.16). Entretanto, ele é um é um homem com falta de entendimento, conforme a Bíblia.

No entanto, quando Salomão ressaltou, em Provérbios, que o preguiçoso é sábio “aos seus próprios olhos”, o labor piedoso é colocado no âmbito da sabedoria em que Deus reina como Senhor. “Por que o preguiçoso dorme demais e chega atrasado? Por que ele é dominado por distração e procrastinação? Em última análise, é porque ele não tem a sabedoria que procede do temor do Senhor (Pv. 9.10)”, ensinou Scott.

O pastor frisou que Deus não ocupa um lugar importante na estrutura de referência do preguiçoso. O sábio, em contrapartida, sabe que “os caminhos do homem estão perante os olhos do Senhor” (Pv 5.21). “E ele se deleita em que seja assim. Deus enche a perspectiva dele como o azul enche um céu sem nuvens. O Senhor é o começo e o fim para o sábio, o alfa de suas manhãs e o ômega de suas noites, aquele em quem ele vive, se move e trabalha. Ele é o Deus que, em Cristo, santificou nossos labores em carne humana e agora nos enche com Seu Espírito laborioso”. Com informações Voltemos ao Evangelho

 

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