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quarta-feira, 1 maio 2024

10 dicas para ser um guardião da família

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Uma guerra invisível dentro de casa com consequências catastróficas. O que fazer para proteger sua família? - Foto: Adobe Stock

Uma guerra invisível dentro de casa com consequências catastróficas. O que fazer para proteger sua família?

Por Lilia Barros

A família nunca esteve sob um risco tão alto como nos dias atuais. A pressão para que pais e filhos abandonem princípios e aceitem como normal algo que pouco tempo antes era impensável, está se tornando cada vez mais evidente para os cristãos. Mais do que qualquer outro ente social, a família tem sido o principal alvo do diabo que usa todas as suas armas para destruí-la, ou no mínimo torná-la disfuncional. Ele sabe que quando a família desmorona, a igreja sofre, a sociedade rui e o mundo fica perfeito para a circulação completa do mal, como no efeito dominó. E os ataques vem de todos os lados: da faculdade, da roda de amigos, da internet, do local de trabalho. Diante de tantas ameaças, o que fazer para ser um guardião do próprio lar?

PREOCUPAÇÃO

Os novos modelos de relacionamento, o casamento homoafetivo, a infidelidade, os desvios sexuais, os divórcios, as drogas, a violência doméstica e a rebeldia estão entrando como uma avalanche nos lares e trazendo dor, sofrimento, morte e desesperança. Há uma guerra invisível dentro de casa com consequências concretas, catastróficas e permanentes para os valores da família. Pastores e líderes religiosos estão preocupados. Algo precisa ser feito. E rápido.

O fundador da Universidade da Família – UDF, pastor Jorge Nishimura, aponta a figura do pai como vital para estancar o movimento que se levanta especialmente contra os meninos, fazendo-os fracassar em sua masculinidade. O coach de casais, parental e de família, pastor Gilson Bifano, bate na mesma tecla do perigo da desconstrução da paternidade que atinge em cheio a área da identidade sexual das crianças.

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O diretor do currículo de paternidade bíblica da UDF, pastor Dinart Barradas acredita que se baixar a guarda, a pior consequência desse ataque sistemático e não adequadamente repelido será sentida na próxima geração de adultos e em seus relacionamentos. Por fim, o empresário do ramo de turismo e lazer, Valdeir Nunes não tem dúvidas de que o amor é o melhor antídoto para anular os efeitos mortais sobre os lares, especialmente quando se divertem juntos.

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“Desconfie da teologia que esgarça a Palavra de Deus para deixar o pecador confortável” – Dinart Barradas (Foto: Reprodução)

HÁ 25 ANOS

Consciente dessa realidade e do papel de formadora de opinião, a Revista Comunhão, desde o seu lançamento em 2007, insiste em tratar temas salutares para a vida em família e, consequentemente, para a igreja e a sociedade. Neste mês de setembro, Comunhão completa 25 anos e traz um conteúdo rico em dicas a respeito das implicações sociais e espirituais que uma família recebe. Nesta edição especial de aniversário, especialistas ensinam algumas ações práticas para dar direção às pessoas que se ligam por vínculos sanguíneos ou pela afinidade e que possuem o propósito de cultivar uma convivência de amor, tolerância e
respeito entre si.

RECOMENDAÇÕES

Uma das recomendações de Jorge Nishimura é o rito de passagem que acontece numa cerimônia com data marcada, com a presença de amigos, familiares e irmãos da igreja presentes e, diante de todos, os pais afirmam que reconhecem que os filhos já estão crescidos, que confiam neles. Os pais os promovem da fase infantil para uma fase mais madura. É uma verdadeira festa o momento em que o filho ou a filha são declarados homem ou mulher capazes. “Quando a afirmação vem do pai, o filho não tem a necessidade de provar que cresceu usando piercing, tatuagens, drogas, cabelos coloridos e o risco de se tornarem agressivos é quase nulo, porque os pais reafirmam suas habilidades e valor”.

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“Restabeleça a cultura da benção no âmbito familiar” – Jorge Nishimura (Foto: Reprodução)

Pastor Dinart encoraja a família a desconfiar de quem valoriza mais as opiniões alheias do que os ensinamentos bíblicos. “Fuja da relativização hermenêutica. Todas as vezes que Jesus usou a expressão “está escrito porém vos digo” não foi para fazer a porta ficar mais larga, ao contrário, foi para estreitá-la. Desconfie da teologia que esgarça a Palavra de Deus para relativizar o pecado e deixar o pecador confortável”.

Dinart ressalta que na verdade os ataques à família nunca foram pequenos, nunca foram interrompidos e nunca foram devidamente denunciados. “Hoje eles são percebidos e enfrentados de uma forma diferente: uma aceitação mais natural em alguns aspectos e mais rechaçado em outros. O que de fato incomoda nesse insistente ataque é a igual capacidade de assimilar o ataque e admitir como normal algo que pouco tempo antes era impensável enquanto cristãos. A maneira seletiva como encaramos e tratamos os pecados de ordem sexual e a naturalidade com que o divórcio e o novo casamento transitam em nossas congregações são apenas para mencionar dois aspectos genéricos. Talvez a pior consequência desse ataque sistemático não adequadamente repelido será sentida na próxima geração de adultos e em seus relacionamentos”, adverte, para em seguida fazer um convite.

“Convido os leitores a fazerem uma visita aos escritos dos crentes piedosos e sobre seu estilo de vida. Essa é uma forma muito leve e eficaz de gerar no verdadeiro cristão a aspiração por um modelo de vida familiar baseado nas escrituras, hábitos simples e ensino preventivo e protetivo ao coração dos filhos.
E não se assuste com o que está acontecendo com o mundo – ele jaz no maligno – antes zele para que não seja você o motivo de escândalo (Mt 18:7). Segundo o ensino de Jesus é melhor a mutilação do que ser derrotado pela incontinência, ou seja faça o que for necessário, a começar pelo domínio próprio, para não permitir que o seu corpo seja amoldado ao padrão das paixões do mundo, produzindo pecado, escândalo e condenação”, conclui Dinart.

O TRIPÉ

Como dizia o Dr. Ed Cole, palestrante aclamado mundialmente e autor de vários best- sellers: Não se pode comparar a dor de resistir à tentação com o tormento de ceder a ela.
Para não cair nessa cilada, existe um tripé que o pastor Gilson Bifano considera suficiente para a família resistir e vencer os ataques nos dias de hoje.
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“Construa um pensamento crítico na família para detectarem mensagens de engano” – Gilson Bifano (Foto: reprodução)

“A igreja é uma parceira da família, dos casamentos, dos pais na educação dos filhos. Fazer parte de uma igreja verdadeiramente cristã, ou seja, cristocêntrica e bíblica é um caminho para se resguardar dos ataques do maligno. Outro caminho é construir um pensamento crítico na família. Ensinar a pensarem e a terem um juízo crítico para detectar onde há mensagens contrárias aos princípios cristãos, nos filmes, séries e até nas propagandas. Dessa forma, será mais fácil detectar enganos, resistir às pressões e optar pelo que produz vida e paz no coração. Por fim,
a melhor maneira de superar os ataques do mundo é ter sempre a Bíblia como parâmetro, o manual da família. Todos os nossos pensamentos, atitudes devem estar de acordo com o que a Palavra de Deus diz”.
Sobretudo, as dicas são essenciais para formar guardiões que não se descuidam, ao contrário impedem que a família venha a sucumbir na avalanche de ofertas nocivas do mundo.

RECURSOS DISPONÍVEIS

Por tudo isso, não dá para ser negligente. É por meio da família que se aprende os valores e princípios que nos seguirão por toda a vida; é dentro de casa que recebemos as primeiras noções bíblicas de relacionamento com Deus, com o próximo e conosco mesmo. Em Deuteronômio 6.7 está registrado a respeito da educação dada aos filhos: “E as ensinarás a teus filhos, e delas falarás sentado em tua casa e andando pelo caminho, ao deitar-te e ao levantar-te”.

Jorge Nishimura sugere que a igreja use os recursos disponíveis para manter as famílias protegidas. “Quando a gente lê a história da humanidade, a gente encontra história que se parece com a de hoje. Muitos princípios e valores violados, isso sempre existiu. Foi assunto dos gregos na antiguidade. O mundo, desde que é mundo esteve debaixo de um fogo intenso mas este não é o pior momento da história. Hoje temos muitos recursos tanto para o bem quanto para o mal, como a internet para comunicar a verdade, as ferramentas estão disponíveis. O povo de Deus não está usando bem os recursos, como bons filmes rodando, a gente reclama e não usa bem. Temos que nos posicionar. A UDF alcançou lugares que nunca imaginamos, com o benefício que a tecnologia nos proporciona”.

Segundo ele, a vida do casal é construída no tempo. A relação indissolúvel e feita para aguentar as pancadas da vida, é preciso ter mais consciência disso de que é um relacionamento duradouro.

A respeito da vida conjugal a mulher precisa de amor, o marido deve sempre reafirmar seu amor pela esposa, pois isso traz segurança. O homem precisa de respeito. Segundo Nishimura, a mulher não deve denegrir a imagem do marido na frente dos outros e deve procurar parabenizá-lo por suas conquistas. O capítulo 6 do livro de Efésios revela o segredo para uma vida feliz em família. Dá dicas para todos os membros da casa se tornarem guardiões do grupo social mais antigo da história, formado por Deus, no Jardim do Éden para viverem em comunhão, apoio mútuo e amor.

E se o pecado entrou no mundo por um homem, foi por outro homem que a solução chegou: Jesus Cristo, o cabeça da igreja e da família.

“O rito de passagem é uma cerimônia onde os pais reconhecem as habilidades dos filhos” – Jorge Nishimura

Como ser um guardião da família?

Restaure a figura paterna

No livro “A Crise dos Meninos”, o autor Farel, afirma que o gênero masculino está sendo massacrado, perdendo espaço em para as meninas. A presença do pai é vital para a saúde da família e sua ausência é a razão do fracasso, da baixa performance educacional.

Tempo de qualidade

Façam pelo menos uma refeição juntos na semana para estabelecer comunicação e não ficar vulnerável. Se a família não conversa alguém vai buscar no mundo o diálogo que precisa.

Noite de bençãos

Os pais programam uma noite especial de oração sobre os filhos, para restabelecer a cultura da benção no âmbito familiar. Há algo misterioso nas palavras de benção desde os tempos bíblicos.

Transferência de responsabilidade

Os pais devem passar para os filhos desde cedo como se vestir, guardar brinquedos e jogar o lixo fora. Na adolescência, já estarão capacitados para assumirem responsabilidades maiores.

 Rito de passagem

Numa cerimônia com amigos e irmãos presentes, os pais reconhecem diante de todos, que os filhos já estão crescidos, que confiam neles. Os promovem para uma fase mais madura e afirmam que já são homem ou mulher.

Fuja da relativização

Jesus usou a expressão “está escrito porém vos digo” não para fazer a porta ficar mais larga, mas para estreitá-la. Desconfie da teologia que esgarça a Palavra de Deus para relativizar o pecado e deixar o pecador confortável.

Participe de uma igreja

Se resguarde dos ataques do mundo participando de uma igreja cristocêntrica e bíblica. A igreja é uma parceira da família, dos casamentos, dos pais na educação dos filhos.

Construa um pensamento crítico na família

Ensine a pensarem e a terem um juízo crítico para detectar mensagens contrárias aos princípios cristãos, nos filmes, séries e até nas propagandas. Será mais fácil se livrar dos enganos e resistir às pressões.

Aproveite as refeições juntos

Ao redor da mesa a família promove os valores que acredita, é um ótimo lugar para declarar amor e admiração e elogios. E e todos se sentem bem.

Aprenda a ouvir  

Quando ouvimos, somos desejados, somos boa companhia. Quem conduz a conversa não é quem fala, mas quem pergunta.

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