Rodrigo Rocha Loures (PMDB), ex-deputado e ex-assessor do presidente Michel Temer, foi preso na manhã deste sábado (03) em Brasília
Edson Fachin, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) autorizou a prisão do ex-deputado.
Loures foi filmado pela PF carregando uma mala com 500.000 reais entregues pela JBS. Segundo o dono do frigorífico, Joesley Batista, ele era o homem de confiança do presidente e havia sido indicado para receber a propina.
O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pediu ao STF a prisão de Loures nesta quinta-feira (01) de junho. Foi o segundo pedido feito, já que o primeiro havia sido negado por Fachin porque Loures ainda era deputado.
Entretanto, o político paranaense perdeu seu posto nesta semana após Temer indicar Torquato Jardim para o ministério da Justiça, no último dia 29. Osmar Serraglio, que então ocupava a Justiça, foi convidado por Temer para ocupar a pasta de Transparência, mas negou o convite. Ele então retomou seu mandato como deputado pelo Paraná, afastando assim Loures da Câmara – que era suplente e havia se tornado parlamentar após a nomeação de Serraglio para Justiça.
Segundo a Folha de S. Paulo, a defesa de Loures está “indignada” porque acredita que a Justiça não se deu ao trabalho de analisar os argumentos apresentados nesta sexta-feira contra a detenção do ex-assessor de Temer.
Uma possível prisão de Loures era motivo de preocupação para o Planalto, já que poderia forçar uma possível delação premiada. Temer chegou a buscar outros nomes do PMDB do Paraná para a pasta de Transparência, para que Loures mantivesse o cargo como deputado. Ainda que estivesse afastado de suas funções, Loures manteria dessa forma o foro privilegiado, evitando que seu processo caísse nas mãos de um juiz de primeira instância, como Sergio Moro.