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terça-feira, 30 abril 2024

Extrema-direita vence na Itália, contra o aborto e ideologia de gênero

A próxima primeira-ministra, Giorgia Meloni, se define como uma cristã católica romana 

Por Victor Rodrigues

Giorgia Meloni diz que vai tentar restaurar o orgulho do país. Ela se opõe à ideologia de gênero, às leis liberais de aborto e tem uma postura dura em relação à imigração.

Espera-se que Giorgia Meloni se torne a primeira mulher primeira-ministra da Itália , depois de vencer as eleições parlamentares.

A líder dos Fratelli d’Italia (Irmãos da Itália, nome retirado do hino nacional) recebeu o maior apoio com 26,1% dos votos.

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O partido de Meloni tem sido frequentemente descrito pela mídia internacional como de extrema-direita e nacionalista. Em sua juventude, ela foi militante de movimentos neofascistas, mas recentemente disse que o fascismo na Itália pertence ao passado. Ela tem experiência governamental como Ministra da Juventude entre 2008 e 2011.

Após sua vitória, ela prometeu governar “para todos os italianos com o objetivo claro de unir este povo”.

Primeira mulher a liderar o país

Durante a campanha, ela se concentrou em questões candentes como o aumento dos custos de energia, o desemprego, as “elites tecnocráticas” que impuseram as pesadas restrições do Covid-19, a imigração ilegal e as ideologias progressistas que colidem com os valores cristãos tradicionais.

Vindo de um bairro de classe baixa em Roma , Meloni explicou em suas memórias que sua mãe estava perto de abortá-la, mas mudou de ideia para se tornar mãe solteira. Ela também é mãe de uma menina de seis anos, é contra o aborto e a ideologia de gênero.  

Apesar de não ser casada com seu parceiro, ela se define como uma cristã católica romana que muitas vezes não vai à missa aos domingos. Entretanto, ela enfatiza que lealdade e determinação em valores tradicionais, são os pontos fortes de um político.

Giorgia Meloni exigiu que a União Europeia respeite mais a Itália, embora seu partido não defenda a saída da União. Ela construiu alianças com o líder húngaro Viktor Orbán e os nacionalistas de extrema-direita Marine Le Pen e Vox na Espanha.

Evangélicos 

O presidente da Aliança Evangélica da Itália (AEI), Giacomo Ciccone, lamentou a fragmentação da sociedade italiana. “Provavelmente o Fratelli d’Italia será recompensado eleitoralmente pela linearidade e simplicidade de suas posições em oposição às mudanças distorcidas dos outros partidos durante a última legislatura”.

Ele também disse que os cristãos do país precisam desenvolver uma alternativa sócio-política eficaz que se alimente do Evangelho. Nosso documento “‘Para o bem da Itália’ (2008), assim como nosso compromisso pela liberdade religiosa, família, separação entre Igreja e Estado e pluralismo social vão nessa direção”.

Eleições na Itália

A eleição foi ofuscada pela menor participação da história (64%, abaixo dos 73% em 2018, que também foi um recorde de baixa). Isso é visto como um sinal do cansaço da população italiana com sua elite política, com seis governos diferentes nos últimos 10 anos.

Nesta eleição, após o colapso do governo tecnocrático de Mario Draghi em julho, os parceiros de Meloni em sua coalizão de direita (o ex-ministro do Interior Matteo Salvini e o ex-primeiro-ministro Silvio Berlusconi) tiveram resultados ruins, obtendo ambos cerca de 8% dos votos. No entanto, os três terão maioria no parlamento (cerca de 240 de 400).

O PD social-democrata do ex-primeiro-ministro Enrico Letta ficou em segundo lugar com decepcionantes 19%, seguido em terceiro lugar pelo movimento Cinco Estrelas de Giuseppe Conte com 15%.

*Com informações do Evangelical Focus. 

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