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quarta-feira, 1 maio 2024

Estou assustado!

Por José Ernesto Conti

Cada dia que passa está mais difícil ser um cristão normal. Nada mais pode acontecer, não importa o quê ou onde, sem que a gente receba pelas redes sociais (às vezes de gente que confiamos) uma notícia catastrófica de que o apocalipse está chegando.

Uma rápida consulta no site da “Climatempo” percebemos que em 1984, o bairro de Bangu registrou temperaturas de até 43,1°C. Em 2012, em Santa Cruz na baixada fluminense a temperatura chegou a 43,2°C e que em 2014 durante vários dias a temperatura ficou sempre acima 41,2°C chegando até 41,4°C. Resumo, já tivemos em épocas passada temperaturas até mais altas que as atuais. A diferença é que, naquela época, não tínhamos redes sociais para nos assustar.

Se existe um sinal que vai identificar de forma direta e assustadora o fim dos tempos e não tem nada com aquecimento global, pelo contrário, será a frieza espiritual. O próprio Cristo questiona se quando ele voltar, achará fé na terra. Interessante notar que no seu último “sermão” Jesus deixa claro que as “fakes” dominariam o ambiente com o aparecimento dos falsos profetas enganando a muitos.

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O que deveria assustar a igreja de hoje, não são as temperaturas altas, ou a seca no norte, nem a chuva no sul, se o “El ninho” aqueceu ou esfriou as águas do oceano, … o que deveria assustar a igreja de hoje é o nível de desobediência que a igreja possui para com a Palavra de Deus. Transformamos nossos cultos em verdadeiros altares ao egocentrismo. Idolatramos pastores e pastoras. Nossos púlpitos com suas fumaças e luzes estroboscópicas mais parecem casas de shows do que lugar de adoração. Nossas mensagens estão muito mais para autoajuda, onde vamos buscar toda semana nossa vitória, do que a pura e simples palavra de Deus. Nossa vida cristã aceita os mesmos padrões do mundo e transformamos nossos levitas em verdadeiras celebridades gospel.

A igreja tem “coado os mosquitos e engolindo os elefantes” das heresias. Estamos nos assustando com coisas sem qualquer importância espiritual e convivendo com o inimigo das nossas almas. Estamos desprezando a armadura de Deus contra todas as flexas inflamadas do inimigo e em lugar de nos proteger, estamos nos entregando de corpo e alma ao deus mamom. Mas uma coisa ninguém poderá dizer: Não sabia que seria assim!

Deus deixou tudo registrado para que os homens pudessem saber como seria o fim e como deveríamos nos comportar nesses dias. Não haverá desculpas. Resta ao remanescente fiel, manter-se firme, não permitindo que a apostasia desses tempos atuais, influencie nossa fé, que a inversão de valores, altere nossa maneira de ser, que a podridão do mundo suje nossas vestiduras brancas.

José Ernesto Conti é pastor Presbiteriano e escreve todas às terças-feiras em Comunhão.

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