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sexta-feira, 26 abril 2024

‘Boas mentiras’ podem ser boas?

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Marisa Lobo é escritora, psicóloga, teóloga, especialista em direitos humanos, pós graduada em saúde mental - Foto: Reprodução

A mentira é algo tão maligno que tudo de ruim está associado a ela”

Por Marisa Lobo

Tradicionalmente, o 1° de abril é um dia associado a brincadeiras onde a mentira é o grande foco das atenções, sendo retratada na maioria das vezes como algo “inocente”, cômico e/ou até “bom” em algumas circunstâncias. Mas, será mesmo que existem “boas mentiras”?

Como cristãos, devemos analisar o tema à luz da Palavra de Deus, pois ela é a régua moral pela qual devemos nos guiar. Neste sentido, não há nada nas Escrituras que dê margem para que a gente possa aceitar a existência de “boas mentiras”.

Podemos ver, por exemplo, que foi pela “boa mentira” que Satanás enganou Eva e Adão no Jardim do Éden. A serpente fez a eles a promessa de que seriam mais sábios e até como Deus. O que tinha aparência de algo positivo, no entanto, trouxe a desgraça para a vida do primeiro casal de humanos, consequentemente para toda a humanidade.

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Foi pela mentira de Satanás, portanto, que a humanidade inteira caiu em pecado. Não é por acaso que a Bíblia também chama este demônio de o “pai da mentira”. Veja que também foi utilizando o recurso do engano que ele tentou seduzir a Jesus Cristo, lhe fazendo promessas de poder e riqueza se traísse a Deus, durante o jejum no deserto.

A mentira é algo tão maligno que tudo de ruim está associado a ela. O usuário de drogas vive a mentira de achar que pode ser feliz sob o efeito do entorpecente, bem como a ilusão de achar que pode ter controle sobre o seu vício.

Quem busca satisfação sexual fora do casamento, achando que isso pode lhe trazer felicidade, também está vivenciando outra mentira. A mesma coisa acontece quando achamos que podemos manter um relacionamento genuíno com Deus fora do corpo de Cristo, a Igreja.

Todas essas coisas são exemplos de como a mentira está entranhada em nosso meio, e isto de muitas formas. Os pais que pedem para que os filhos digam pelo telefone que não estão em casa, por exemplo, também estão cometendo o mesmo pecado do engano condenado pela Palavra de Deus.

Não existem “boas mentiras”, assim como não há pecado, pecadinho e pecadão. O que há são, de fato, consequências distintas para cada tipo de erro cometido, mas todas elas nos afastam de Deus, pois afrontam a sua vontade e ensino.

Assim, termino dizendo que jamais devemos retratar a mentira como uma brincadeira ou algo inocente. Há muitas maneiras de ensinar as verdades aos nossos filhos, sem que seja preciso mentir. Enganar nunca é o caminho, pois o engano é a porta de entrada para muitos outros erros, cada qual com seus efeitos.

Para quem deseja se aprofundar mais sobre o tema, recomendo o meu livro “Por Que as Pessoas Mentem? As verdades sobre a mentira” (Arte, 2010), onde abordo o problema da mentira com mais profundidade, aplicando os efeitos do engano ao nosso dia-a-dia. Além desse, o livro “Psicopatas da Fé” (Fôlego, 2011), também de minha autoria, aborta o assunto. Boa leitura!

Marisa Lobo é escritora, psicóloga, teóloga, especialista em direitos humanos, pós graduada em saúde mental. Com 12 livros publicados, sobre família, infância, sexualidade e saúde mental.

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