O instituto mobiliza profissionais para alcançar a população mais carente do Nordeste, visando também resgatar a dignidade dessas pessoas
Por Patricia Scott
Comunidades do sertão da Bahia, recentemente, receberam atendimento de saúde graças à ação do Instituto Água Viva (IAV). A iniciativa visou também resgatar a dignidade da população mais carente de Retiro da Picada, Quixaba e Capim Raiz.
Médicos, dentistas, enfermeiros, fonoaudiólogos e protéticos do Espírito Santo estiveram na cidade baiana. Os atendimentos ocorreram nas vans médicas-odontológicas do IAV.
“Eles fizeram atendimentos nas áreas rurais do município. São locais que sofrem com a carência de profissionais”, ressaltou Pedro Santos, responsável pelo pilar de Saúde do IAV.
No total, foram 136 atendimentos médicos, além de 127 consultas fonoaudiológicas, 194 odontológicas, 136 com enfermeiros e 72 com protético. Vale salientar que as vans médicas-odontológicas do IAV tem viajado para centenas de povoados do Nordeste. Em muitos deles, inclusive, o poder público não alcança.
IAV: foco na saúde
Em 2022, o Instituto Água Viva (IAV) alcançou 22.244 atendimentos e 32.376 procedimentos realizados na área da saúde. Um marco histórico.
No ano passado, foram realizadas ações de atendimento em 256 locais entre bases e povoados espalhados, o que representa um alcance de 79 municípios do sertão nordestino. O trabalho mobilizou 356 voluntários, entre médicos, dentistas, psicólogos e outras várias áreas profissionais que já atuaram nas vans.
Desde 2016, o IAV já soma 110.276 procedimentos e 79.889 atendimentos realizados. A saúde é prioridade para o Água Viva, que tem como foco o povo sertanejo.
Atualmente, o IAV conta com quatro unidades de van médica-odontológica, o que possibilitando atender um número maior de pessoas no sertão nordestino.
Sobre o IAV
Criado em 2015, o Instituto Água Viva (IAV) é uma organização social sem fins lucrativos. A atuação da instituição está concentrada no sertão do Nordeste, principalmente nos estados da Bahia, Piauí, Paraíba e Pernambuco.
O sertão, na região do semiárido, foi escolhido por ser uma área de extrema pobreza e vulnerabilidade social. Quase nenhum projeto governamental está inserido naquela região. O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) está entre os piores do país: uma média de 0,550 e com renda per capta abaixo de ½ salário mínimo. Os quatro pilares do IAV são: saúde, educação, esporte e geração de renda.