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sexta-feira, 3 maio 2024

Catástrofes naturais e o fim dos tempos

Terremoto no Marrocos, enchente na Líbia, ciclone no Brasil. As últimas tragédias ligaram o sinal de alerta do planeta e do cristão.

Por Cristiano Stefenoni

Terremoto no Marrocos, enchente na Líbia, ciclone no Brasil. As últimas catástrofes ligaram o sinal de alerta do planeta e do cristão. A preocupação tem fundamento. Nos últimos 20 anos, o número de desastres naturais aumentou 75%, matando mais de 2 milhões de pessoas e afetando outras 4 bilhões, segundo dados da Organização Meteorológica Mundial (OMM). Seriam esses fenômenos sinais do fim dos tempos ou apenas problemas climáticos causados pelo homem?

“É natural o aumento da angústia frente às sequencias de tragédias como as que recebemos na última semana. Em Mateus 24, o termo que Deus usa para isso é ‘Princípio das dores’, ou seja, mesmo que não possamos indicar que esses são os derradeiros sinais, sem sombra de dúvidas indicam que estamos mais próximos da volta de Jesus do que jamais estivemos”, afirma o pastor e professor acadêmico, Geraldo Moyses Gazolli Junior, mestre em Ciências da Religião e doutorando em Teologia.

O pastor ressalta que parte desses fenômenos tem, sim, ligação com problemas climáticos causados pelo homem, mas que há situações que fogem do controle humano e que devem servir de reflexão.

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“É claro que fatores climáticos são uma causa. Contudo, eventos como terremotos, são um alarme para o ser humano entender que não tem o controle sobre tudo. Isso faz com que as pessoas se voltem para coisas além de si, como os grandes reavivamentos espirituais do século XIX, que vieram como resultado do terremoto de Lisboa no final do século XVIII”, explica.

Por outro lado, o pastor Geraldo alerta para os riscos de se criar um sensacionalismo barato em torno das catástrofes para tentar colocar medo nos fiéis. Ele lembra que a “pregação do Evangelho do Reino a todo mundo” precisa acontecer antes do fim.

“Sem dúvida esses eventos nos angustiam e até apavoram. Mas devemos nos lembrar das palavras de Jesus em Mateus 24, a saber, a única referência que Ele estabelece uma relação de causa e efeito para Sua volta é: a pregação do Evangelho a todo mundo, então, virá o fim. Deus não deixou nossas expectativas em tragédias, senão em evangelismo, levar pessoas perdidas a Cristo!”, enfatiza.

Nem desprezar, nem valorizar demais

Para o pastor José Ernesto Conti, da Igreja Presbiteriana Água Viva, as catástrofes são um sinal de que a Bíblia não falha em suas profecias, mas que o cristão não deve pautar a sua vida espiritual no medo e no sensacionalismo.

“Se por um lado, desprezar esses sinais da natureza, não ligando as profecias bíblicas é loucura, do outro, valorizá-los além da conta, é infantilidade espiritual. O fato dessas catástrofes preceder a volta de Cristo, não indica sua iminência ou de que Jesus voltará nos próximos anos ou meses. Ele alerta para que nós, a igreja, estejamos apercebidos e preparados, independentemente de quando será a Sua volta”, afirma Conti.

O pastor também enfatiza que, infelizmente, o homem tem adiantado o processo de destruição da natureza, de modo que a vida na Terra, no ritmo que está, chegará a um ponto que ficará inviável.

“Que o ritmo de destruição ambiental, em todas as nações, está em níveis alarmantes, não há a menor dúvida. Como resultado dessa luta insana, a destruição do nosso planeta está a cada dia mais acelerada, chegando ao ponto em que não há retorno. Isso nos leva a ter medo e preocupação com as consequências. Nossa oração é clamar todos os dias pela volta de Cristo e que esse dia seja abreviado”, finaliza.

Sobre os últimos acontecimentos

Terremoto no Marrocos
O número de mortos pelo terremoto que atingiu o Marrocos na noite da última sexta-feira (8) já passa das 2.860 pessoas, sendo mais de 2.560 feridos. O tremor atingiu 6,8 pontos na escala Richter e durou cerca de 15 segundos, causando destruição desde aldeias nas montanhas do Atlas até a cidade histórica de Marrakech.

Enchente na Líbia
A tempestade que atingiu a Líbia no domingo (10) já registra mais de 5,3 mil mortos e 10 mil pessoas desaparecidas. Ruas foram tomadas pela água, casas inundadas, edifícios destruídos, carros virados, barragens rompidas e moradores arrastados.

Ciclone no Brasil
O ciclone que passou pelo Rio Grande do Sul na última semana deixou um rastro de 47 mortes e 925 feridos até agora, atingindo 97 municípios, deixando 4.794 desabrigados e 20.517 desalojados, afetando 340.928 pessoas.

 

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