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quinta-feira, 2 maio 2024

Somente em maio, 700 cristãos foram mortos na Nigéria

Relatório aponta que os cristãos perderam a vida como “presentes de despedida” para Muhammadu Buhari, novo presidente da Nigéria, que tomou posse em 29 de maio

Por Patricia Scott [ACI África] 

Somente em maio de 2023, pelo menos 700 cristãos foram mortos por pastores Fulani na Nigéria. É o que revela um relatório investigativo publicado, na última segunda-feira (12), pela Intersociety (Sociedade Internacional para Liberdades Civis e Estado de Direito). O país está na 6ª posição da Lista Mundial da Perseguição (LMP), elaborada por Portas Abertas. 

O levantamento aponta ainda que 1.100 cristãos foram massacrados em 60 dias (de 12 de abril a 12 de junho) e 2.150 em 160 dias (de 1º de janeiro a 12 de junho). Em média, 17 seguidores de Jesus são mortos por dia no país. O período analisado foi um “dos mais sangrentos ataques anticristãos na Nigéria”, observa o relatório, assinado pelo presidente do conselho e pesquisador principal, Emeka Umeagbalasi. 

Segundo o relatório, os cristãos perderam a vida como “presentes de despedida” para Muhammadu Buhari, o predecessor de Bola Ahmed Tinubu, o novo presidente da Nigéria, que tomou posse em 29 de maio. “Os líderes islâmicos radicais nigerianos, que marcaram o fim de seus mandatos em 29 de maio de 2023, receberam uma despedida pelos pastores Fulani jihadistas, que marcaram o fim de seu governo massacrando nada menos que 700 cristãos indefesos. em maio de 2023”

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O estado de Plateau é o mais atingido por massacres a cristãos, conforme o levantamento. Entre 15 e 17 de maio, foram cerca de 300 cristãos mortos. A seguir está Benue. Na localidade, 110 morreram em maio de 2023. Desse total, 40 foram mortos entre 3 e 4 de junho, 18 em 21 de maio e outros 28 entre 7 e 10 de maio.

“Ao todo, o estado de Benue foi responsável por mais de 190 mortes de cristãos entre 12 de abril e 12 de junho de 2023”, pontua o relatório. Já o terceiro estado mais atingido é Kaduna. Foram 100 cristãos massacrados entre 12 de abril e 12 de junho de 2023.

Ataques a comunidades e igrejas

O relatório indica ainda que cerca de 100 igrejas foram danificadas, incendiadas ou destruídas por jihadistas islâmicos entre 12 de abril e 12 de junho. O levantamento descobriu também que, em seis anos, 245 comunidades do sul de Kaduna foram saqueadas e violentamente, entre 2017 e 2023.

Vale salientar que muitos cristãos acabam sendo mortos durante as invasões. Os pesquisadores relataram que de 1.100 mortes de cristãos indefesos, os pastores Fulani foram responsáveis por não cerca de 800 assassinatos.

No relatório consta ainda que “mais de 1.400 pessoas foram sequestradas; dos quais 10% podem ser incapazes de retornar vivas para as famílias. O estado de Kaduna lidera a lista de sequestrados com pelo menos 700, seguido pelo estado de Níger, com 300.”

Os pesquisadores observam que o governo liderado por Buhari “protegeu os jihadistas e as forças de segurança pró-Jihad”. Isso ocorreu enquanto as comunidades cristãs eram saqueadas.

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