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sábado, 4 maio 2024

Igrejas socorrem os refugiados de Nagorno-Karabakh

Carros de refugiados fazem fila na estrada que leva à fronteira com a Armênia - Foto: Reprodução

O conflito desencadeou uma crise migratória, desde o início de setembro, e tem atraído a atenção internacional

Por Patricia Scott*

Aproximadamente 150 mil armênios fugiram de Nagorno-Karabakh, desde setembro deste ano, após o ataque do Azerbaijão à Armênia. À medida que a violência aumenta na região do Sul do Cáucaso, o conflito atrai a atenção internacional.

O ataque desencadeou uma crise migratória. Assim, as igrejas evangélicas da região estão ajudando os refugiados. “Temos apoiado seus pastores missionários. Todos os aspectos do ministério da SGA têm estado realmente envolvidos na Armênia desde a queda da União Soviética”, afirmou Eric Mock, da organização cristã “Slavic Gospel Association” (SGA), que mantém relacionamento com as igrejas armênias desde a década de 1990.

Em Nagorno-Karabakh, a SGA apoiou três igrejas armênias no fornecimento de alimentação e encorajamento espiritual. De acordo com Eric, “essas igrejas fugiram, porque perderam tudo. No entanto, voltaram a se reunir fora de Yerevan [capital da Armênia], por isso pude passar algum tempo com eles”.

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Eric Mock revelou ainda que as “três igrejas que fugiram já foram reformadas e cresceram 40% com outros refugiados que vêm em busca de esperança. Então, o que Deus fez, tal como vimos na Ucrânia, foi proporcionar uma circunstância pela qual estas congregações estão florescendo, apesar de terem perdido tudo”.

Refugiados de Nagorno-Karabakh também são acolhidos nas igrejas estabelecidas em Yerevan. “História após história, testemunhamos refugiados que vieram e ouviram a Palavra de Deus”, frisou Eric.

Ele compartilhou que, a princípio eram contrários ao Evangelho, já que o contexto deles era apenas a Igreja Apostólica Armênia porque foram ensinados que a Igreja Protestante era contra a fé, contra o bem do país, contra todo o povo. “Mas descobriram que essas eram as congregações que realmente estavam tentando cuidar deles. Essas são as igrejas das quais ouviram a mensagem da graça e as pessoas estão vindo a Jesus”.

Mock explicou que “a área de Nagorno Karabakh — ou como o povo armênio a chamaria, Artsakh — é realmente uma área sagrada. Na verdade, as pessoas que vivem lá têm estado num ponto crítico especialmente no ano passado, porque houve este bloqueio que significou que não havia comida e nenhum recurso chegando naquela região de cerca de 150 mil pessoas”. 

O conflito

O conflito entre Azerbaijão e Armênia tem origem no início do século XX. No entanto, foi reacendido no final da década de 1980. Ele está centralizado na disputada da região de Nagorno-Karabakh, que é internacionalmente reconhecida como parte do Azerbaijão.

No entanto, os moradores são de maioria étnica armênia. A luta de movimentos separatistas nesse território desencadeou conflitos violentos desde a década de 1990, depois da dissolução da antiga União Soviética.

As duas nações já estiveram envolvidas em múltiplos confrontos militares e guerras em grande escala. O resultado foi perdas significativas de vidas, além de instabilidade na região.

Em 28 de outubro, foi anunciada o fim da república separatista a partir do próximo ano. Em decreto, Samvel Shajramanyan, governante do enclave de maioria armênia, divulgou a dissolução de “todas as instituições governamentais e organizações em 1º de janeiro de 2024”. Com isso, a “república de Nagorno-Karabakh”, conhecida pelos armênios como Artsakh e fundada há mais de três décadas, “deixa de existir”.

Agora, o Azerbaijão exige que a Armênia entregue mais oito aldeias na região. No entanto, até o momento, o país não aceitou.*Com informações Mission Network News

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