A autora da proposta argumenta que o objetivo é garantir que as crianças sejam educadas com o uso correto da língua espanhola
Por Patricia Scott
No Peru, a Comissão de Educação do Congresso aprovou, na última terça-feira (28), Projeto de Lei para eliminar a linguagem inclusiva nos livros didáticos. A proposta é para garantir que as crianças sejam educadas com o uso correto da linguagem.
Autora do projeto, a deputada Milagros Jáuregui salientou que a linguagem inclusiva é inapropriada e tem sido criticada por autoridades linguísticas no Peru e no exterior. “Nosso Prêmio Nobel de Literatura, Mario Vargas Llosa, afirmou que: ‘A chamada linguagem inclusiva é uma espécie de aberração dentro da linguagem, que não resolverá o problema da discriminação contra as mulheres, que, devemos combatê-la, mais de uma maneira realmente eficaz’”.
Segundo a deputada peruana, o uso da linguagem inclusiva é promovido por feministas que desejam que as crianças na escola usem palavras de forma inadequada. “Não distorcemos a linguagem para cumprir agendas feministas que afirmam erroneamente que está lutando por igualdade. Esta iniciativa nasceu como uma alternativa à tendência crescente de abuso de linguagem, com a falsa crença de que vai dar mais direitos às mulheres ou que a discriminação acabará se os homens forem forçados a fazê-lo”.
A proposta aprovada de n° 3464/2022-CR “especifica o uso correto da linguagem inclusiva, evitando a separação da linguagem para referir-se a homens e mulheres em manuais escolares”. Vale salientar que a medida pretende modificar a lei da igualdade entre homens e mulheres.
A medida também faz parte da preocupação com a formação das crianças. Isto porque na última prova do Pisa (International Student Assessment Program), de 2018, o Peru alcançou o 64º lugar entre 77 países em compreensão de leitura. É de responsabilidade o Ministério da Educação peruano implementar a lei na preparação de livros escolares na educação básica. A pasta deve seguir as diretrizes da Real Academia de Língua Espanhola.
A deputada Flor Pablo comentou, no Twitter, sobre o projeto de lei: “Devemos dizer homens e mulheres, meninos e meninas”.
Com informações Evangélico Digital e Infobae