Período deve ser programado para atender as demandas dos fiéis e visitantes, bem como dar suporte a possíveis imprevistos
Por Cristiano Stefenoni
Chegou o período do merecido recesso dos pastores. Mas a igreja não tira férias. Pelo contrário. Nessa época do ano é muito comum haver um fluxo migratório entre irmãos que visitam outros templos. Além disso, as demandas e os problemas da comunidade eclesiástica não seguem calendários. Simplesmente existem. E com agir na ausência dos ministros do Evangelho?
“Os pastores e a igrejas precisam se reunir com antecedência para considerarem esse período e avaliar as atividades que não impactem negativamente pela ausência do pastor e também da liderança. A igreja não pode pensar que está ‘de férias’ visto que o cuidado e o suporte com os membros precisam ser constantes”, explica o pastor e professor acadêmico, Geraldo Moyses Gazolli Junior, que é mestre em Ciências da Religião e doutorando em Teologia.
O pastor lembra que é preciso se organizar para que as atividades essenciais da igreja continuem, mesmo que haja uma redução no número de membros por conta das viagens de fim de ano. “Os líderes que permanecem à frente da igreja nesse período precisam entender que é necessário atentar-se às atividades essenciais como cultos, estudos bíblicos, aconselhamento, ritos fúnebres se for o caso, entre outras ações. Já os grandes eventos podem ser evitados”, orienta Gazolli Junior.
Além disso, o pastor enfatiza que esse período de férias pode ser uma ótima oportunidade para a igreja treinar novos líderes. “A ausência de liderança pastoral nesse período pode ser vista como uma oportunidade para a igreja treinar novos líderes. Nesse momento, podem se levantar potenciais futuros líderes para o cuidado da igreja. Mas tudo isso deve ser visto de antemão entre os atuais líderes e o pastor”, orienta.
Outro ponto importante é em relação a assuntos delicados e complexos que possam surgir. A orientação do pastor Gazolli Junior é que, em casos específicos, seja prudente esperar o retorno do pastor titular para que alguma decisão seja tomada. Caso seja regime de urgência, então, é importante entrar em contato com ele.
“Se frente a uma situação delicada, que pode gerar problemas para a igreja, é importante consultar o pastor. Em algumas denominações, um pastor ministerial fica de prontidão para lidar com essas situações. Cabe a igreja se preparar para esse momento”, finaliza.