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quinta-feira, 2 maio 2024

Mais de 75 toneladas de pescados apreendidas em Piúma

A Operação Makaira, deflagrada na manhã de terça-feira (19/04), interditou quatro entrepostos clandestinos. 

Em uma ação conjunta entre o Ministério Público do Estado do Espírito Santo (MPES), por meio do Centro de Apoio Operacional da Defesa dos Direitos do Consumidor (CADC) e da Promotoria de Justiça de Piúma, e o Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Espírito Santo (Idaf) foram apreendidos mais de 72 mil quilos de peixes e crustáceos e 3,5 toneladas de camarão, em quatro entrepostos clandestinos, no município de Piúma, Litoral Sul do Espírito Santo. A “Operação Makaira”,  deflagrada na manhã de terça-feira (19/04) recebeu esse nome em referência ao peixe Marlim Azul, cujo nome científico é “Makaira nigricans”.

Mais de 75 toneladas de pescados apreendidas em Piúma

As 72 toneladas de peixes e crustáceos, incluindo cação, dourado, atum e camarão, além de polvos e lulas, serão destruídas por estarem impróprias ao consumo humano. Já o camarão, que ainda não haviam sido beneficiado, foi encaminhado para registro no serviço de inspeção oficial.

Durante a operação, em um dos estabelecimentos, foram encontradas embalagens com o rótulo de camarão cinza, embora o produto fosse polvo, o que pode configurar crime contra as relações de consumo (Lei 8.137/1990). Além disso, as informações do rótulo indicam que a mercadoria teria sido processada em uma empresa do Rio Grande do Norte, com registro no serviço de inspeção oficial, porém o processamento ainda seria realizado no entreposto autuado. Foram ainda registradas condições irregulares de trabalho: funcionários com roupas inadequadas, instalações sem condições de higiene e produtos armazenados no chão ou em estado de deterioração. A mercadoria era comercializada no Espírito Santo e em outros Estados.

A ação foi realizada após o MPES e o Idaf constatarem as más condições de higiene e armazenamento do pescado em estabelecimentos da região, bem como a falta de registro no órgão de inspeção oficial, mesmo após diversas medidas terem sido adotadas para solucionar as irregularidades. Segundo informações do MPES, em 2014, foram realizadas duas audiências públicas com o setor pesqueiro de Piúma e Anchieta, com participação de representantes do Ministério da Agricultura, Vigilância Sanitária, secretarias municipais de Agricultura e sindicatos de pesca. Os proprietários foram notificados para que regularizassem os estabelecimentos. “Realizamos um trabalho de orientação e regularização, com o objetivo de garantir à sociedade que o setor oferecesse um produto de qualidade. Entretanto, as recomendações não foram cumpridas. Dessa forma, realizamos as apreensões, pois não podemos permitir qualquer risco à saúde humana”, salientou a promotora de Justiça e dirigente do CADC, Sandra Lengruber da Silva.

Mais de 75 toneladas de pescados apreendidas em Piúma

“Como os estabelecimentos não são registrados em nenhum serviço de inspeção oficial, não é possível identificar a origem desses produtos, se eram armazenados e processados em condições ideais, ou mesmo se as informações dos rótulos eram verdadeiras. Por isso, a maior parte da carga apreendida precisou ser destruída. O objetivo é impedir que produtos como esses cheguem à mesa da população, pois há risco de contaminação”, complementou a médica veterinária do Idaf, Talita de Paoli.

Todo produto de origem animal, como carne bovina, de aves, de peixes, queijos e outros derivados devem ,obrigatoriamente, ter registro do serviço de inspeção oficial, que pode ser municipal (SIM), estadual (SIE) ou federal (SIF). Ao adquirir qualquer alimento, o consumidor deve ficar atento quanto à presença do carimbo – rótulo – do serviço de inspeção nas embalagens. Os alimentos processados de forma clandestina não estão de acordo com as exigências sanitárias preconizadas pela legislação, colocando em risco a saúde do consumidor.

Fotos: MPES

 

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