“A mulher foi projetada por Deus para gerar e nutrir, naturalmente e também espiritualmente” os filhos, e deve seguir quatro pilares bíblicos
Por Patricia Scott
A maternidade é um momento de grande transformação na vida da mulher, sendo uma missão estabelecida pelo Senhor. Afinal, educar os filhos em uma perspectiva cristã, é também levá-los ao caminho e ao conhecimento de Deus.
Desse modo, o apóstolo Paulo elogia e reconhece a fé genuína da mãe de Timóteo. “Recordo-me da sua fé não fingida, que primeiro habitou em sua avó Lóide e em sua mãe Eunice, e estou convencido de que também habita em você” (2 Timóteo 1.5 – NVI). Pelas palavras de Paulo é possível perceber o fundamental papel materno no ensinamento da fé aos filhos. Não à toa, pesquisa da Sociedade Bíblica Americana (ABS), divulgada em 2023, aponta que 77% dos filhos de mulheres cristãs seguem a mesma fé.
A pastora de crianças Tatiane Joslin, que é idealizadora do projeto “Maternidade com Graça”, afirma que ser mãe, de acordo com a Bíblia, é uma missão. “Basta olhar para a anatomia da mulher para perceber que ela foi projetada para gerar e nutrir, naturalmente e também espiritualmente”, ressalta a pós-graduada em Neurociência, Educação e Desenvolvimento.
Ela pontua também que esse propósito é confirmado ao longo das Sagradas Escrituras. “Mesmo que uma mulher não gere naturalmente, existe uma missão confiada a ela para que forme e conduza a próxima geração para a glória de Deus”, enfatiza a autora do livro “Criação Bíblica Compatível”, da Editora Vida, que alinha o coração das mães ao de Deus, desafiando-as a seguirem os fundamentos essenciais da fé cristã na educação dos filhos.
Dentro desse contexto, Tatiane destaca a passagem bíblica de 1 Timóteo 2.15: “Salvar-se-á, porém, dando à luz filhos, se permanecer com modéstia na fé, no amor e na santificação”. “A mulher será transformada a partir da sua missão de mãe a partir dessas condições”, afirma, acrescentando que, no entanto, “muitas geram, mas não experimentam da transformação e do amadurecimento que a maternidade proporciona, justamente porque não permanecem nesses quatro pontos: fé, amor, santificação e bom senso”.
A Bíblia destaca bons exemplos de maternidade. “Gosto muito do exemplo da mãe de Timóteo, que mesmo não tendo o marido convertido ao Evangelho, conseguiu conduzir o filho pelo ensino da Palavra desde a infância”, frisa Tatiane, que emenda: “Ele se tornou um grande homem de Deus, cheio do Espírito Santo”.
Em contrapartida, ela cita Penina, que um grande exemplo a não ser seguido. “Uma mãe que usava os filhos como troféus, se vangloriando mais do seu título de ‘mãe’ do que vivendo o propósito com devoção e sabedoria”. Penina era uma das mulheres de Elcana, que humilhava Ana, justamente por não ter filhos.
“A Bíblia é poderosa para instruir no grande desafio de educar os filhos. Ele desperta a beleza da maternidade e dá orientações práticas”, destaca Tatiane, assegurando que as mães cristãs precisam ficar atentas, porque “conceitos modernos difundidos conflitam com os princípios e valores da Palavra de Deus”.