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sábado, 4 maio 2024

“Fomos planejados”: cientista Marcos Eberlin defende a ideia do “Design Inteligente”

Marcos Eberlin fala sobre o
Marcos Eberlin fala sobre o "Design Inteligente" em seu livro "Fomos Planejados" (Foto: Reprodução)

O cientista, em entrevista à Comunhão, detalha a proposta do seu livro “Fomos Planejados”, de que teriamos sido criados prontos por um designer

Por Carolina Leão

O químico Marcos Eberlin, um cientista que também compartilha da fé cristã, é autor do best-seller “Fomos Planejados: a maior descoberta científica de todos os tempos”. Esse livro ganhou, neste ano de 2023, a 6ª edição; uma publicação conjunta das editoras Koval Press e Heziom, sendo esta última uma editora de literatura cristã. A nova edição foi revisada, atualizada, expandida, publicada em capa dura, uma edição de luxo, com quase 460 páginas e 270 ilustrações do mestre Otniel Araújo.

Esse livro defende a “Teoria do Design Inteligente”, que afirma que fomos planejados e um grupo de cientista elaborou tal hipótese que agora tem se tornado uma teoria. Conforme a descrição do livro, a narrativa de Eberlin põe duas vertentes em contraposição: Eberlin avalia o que a ciência sabe sobre o Big Bang, a explosão do “nada” que fez “o tudo”, sobre a “sopa de Miller”, que teria gerado o “micróbio primordial”, e então sua transformação “a la Darwin” em uma microbiologista. Outra hipótese, porém, é debatida: a ciência descobriu que fomos feitos prontos, por um designer inteligentíssimo.

Os dois lados em questão são: “Ou aquele ‘nada primordial’ pegou o nada e dele formou sem querer o Universo e a Terra, e nela evoluímos daquela ‘ameba primordial’, ou alguém fez tudo pronto por design inteligente. Essa segunda ideia é a defendida por Eberlin.

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De acordo com a editora Koval Press, não se trata de um livro da literatura cristã, mas, apesar disso, não confronta a Bíblia. 

A Teoria do Design Inteligente é questionada por físicos e cientistas em sua validade científica. Mas o autor, em entrevista à Comunhão, explicou o seu ponto de vista com mais detalhes e a proposta defendida na narrativa. Confira abaixo as respostas do autor sobre as principais questões do livro.

Qual é a ideia defendida nesse livro e a teoria científica que ele discute?

Livro "Fomos Planejados" Foto: Divulgação
Capa da 6ª ed. do livro “Fomos Planejados” Foto: Divulgação

Eberlin: […] O livro mostra como a ciência, através da metodologia cientifica, da investigação do universo, da terra e da vida, seguindo os mecanismos da ciência, as suas regras, suas predefinições, analisando as duas causas possíveis para o universo e para a vida, um grupo de cientistas, cada vez mais numeroso ao

redor do mundo tem percebido claramente por essas evidencias dessas grandes descobertas, que fomos feitos prontos, fomos planejados. Há intenção, há propósito. O universo não é fruto de um processo acidental. Fomos de fato feitos prontos, fomos planejados com intenção e proposito. E um planejamento que fez um universo genial, inteligentíssimo, sincronizado, coerente e consistente…

Como surgiu a iniciativa de escrever esse livro?

A iniciativa de escrever esse livro surgiu logo após os encontros “Darwinismo Hoje”, na Universidade Presbiteriana Mackenzie. Eu percebi nesses encontros que a Teoria do Design Inteligente era sólida, corroborada por muitos dados e a partir desses simpósios eu, na universidade, organizada pelo reverendo Augustus Nicodemus, decidi escrever o livro. Primeiro, montei uma plataforma na internet e os capítulos ficavam disponíveis online. Até que, no final de 2016, vendo que tinha muitos capítulos escritos, muitos que leram esses capítulos gostaram e deram sugestões que foram adicionadas, resolvi colocar no papel. Em 2016, começamos a editar e diagramar o livro. Ele foi em sua primeira edição publicado pela editora Mackenzie, aqui em São Paulo. Na quita edição, ele passou a ser publicado pela editora oficial do design inteligente no Brasil, a Koval Press. Agora, a sexta edição, é uma edição conjunta entre a Koval Press e a editora Heziom.

O livro defende a Teoria Criacionista? Como esse pensamento está presente no seu trabalho?

O livro não defende a teoria criacionista. O livro defende a ciência, a busca do conhecimento através da metodologia cientifica. O livro defende a possibilidade que o homem, feito à imagem e semelhança de um grande Deus, tendo a mente de Deus, racionalidade, sabedoria e inteligência, tem de investigar o mundo ao seu redor, observar as evidências que estão disponíveis, racionalizar a respeito dessas evidências, perceber que para tudo que existe só existiria duas causas possíveis. […] nós podemos investigar a terra, o universo e a vida e procurar por assinaturas de uma ação inteligente ou assinatura de uma ação não intencional, um acidente, um produto de forças naturais. É isso que o livro defende: a ciência, o investigar e racionalizar com a nossa mente… Quando colocamos as duas hipóteses sobre a mesa de um debate: “será que fomos feitos prontos por uma mente inteligente ou será que somos frutos de um grande acidente? ” As evidências clamam muito mais fortemente pelo design inteligente. Essa é a tese que o livro defende.

Obviamente, quando expandimos essa tese, fora do design inteligente, com filosofia, teologia, obviamente a tese de que um grande Deus fez todas as coisas, um Deus onipotente, onisciente, onipresente bate exatamente com a teoria do design inteligente. Então, a teoria do design inteligente não é uma teoria criacionista, mas ela bate plenamente com a descrição que a bíblia traz sobre a criação do universo e da vida, mas é uma coincidência perfeita que surge.

Qual a sua visão sobre ciência e fé: sempre se confirmam; às vezes a ciência confirma e fé e às vezes não; ou se diferem em tudo?

 A minha visão é que há um casamento perfeito, uma harmonia perfeita entre ciência e fé quando você define bem o que é ciência e o que é fé. À ciência é livre buscar, investigar… o mundo que está ao nosso redor, para que a partir dessa investigação possamos obter conhecimento, de como tudo no mundo foi criado e como esse mundo funciona. A fé é o firme fundamento. Há diferentes tipos de fé, mas, quando definimos a fé como a fé cristã, a fé dos que creem na Bíblia, que entendem que a Bíblia é a nossa única regra de fé e prática, há um casamento perfeito…

Um exemplo

[…] As grandes descobertas científicas têm corroborado plenamente a fé cristã. James Webb mostra o universo pronto; e a bíblia já dizia que ele havia sido criado pronto.  

Você acredita que teorias científicas confrontariam a Bíblia?

Obviamente, existem teorias científicas que foram levantadas por homens que não criam em Deus e têm confrontado a Bíblia ao longo da história. Mas o que a história tem nos mostrado é que toda vez que uma hipótese cientifica que se tornou teoria porque acreditaram encontrar evidencias para ela, e toda vez que essa teoria confrontou uma verdade bíblica, o que temos visto é que essas teorias caíram. A bíblia é imbatível. Quando disseram que a vida se formava continuamente por geração espontânea… a gente já sabia que isso não era uma teoria que se sustentaria na ciência, a geração espontânea estava fadada a refutada e foi exatamente o que aconteceu. Quando Darwin disse que nós viemos daquela sopa ácida, escaldante, que uma ameba evoluiu por mutações, seleção natural ao longo de milhões e milhões de anos, já sabíamos que ele estava errado, quem lia a Bíblia já sabia. Quando vem uma teoria que diz que o nada pega o nada, por nada e faz o tudo naquela grande expansão, ou popularmente definida como uma explosão em que o universo se forma… é errado porque em Salmos 33:9 está muito claro: porque ele ordenou e tudo se fez; pelo sopro de sua boca. Nenhuma boa teoria científica confronta a Bíblia.

Sobre o autor

Marcos N. Eberlin nasceu em 1959, é técnico químico pelo Colégio Técnico Estadual Conselheiro Antonio Prado (COTICAP), e bacharel e doutor em química pela Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), onde trabalhou sob a supervisão da Dra. C. Kascheres. Realizou o pós-doutorado na Purdue University, USA sob a supervisão do Dr. R. Graham Cooks, um “ícone” da espectrometria de massas da atualidade. Tendo sua formação básica em química orgânica, ele tem usado a espectrometria de massas (MS) na solução de problemas de diversas áreas científicas, incluindo as ciências dos materiais, ciências biológicas, ambientais, de alimentos e farmacêuticas, além da química orgânica, inorgânica, analítica e físico-química. É autor de mais de 150 artigos publicados em periódicos de grande prestígio internacional, com mais de 1.400 citações (ISI 2003), tendo orientado diversos mestres, doutores e pós-doutores.

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