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quinta-feira, 2 maio 2024

É correto o crente tirar “férias” da igreja?

Alguns líderes da igreja decidem tirar um tempo para descansar de suas atividades eclesiásticas. Mas há formas de se resolver essa situação. Foto: reprodução internet

Muitos líderes e membros se afastam dos seus cargos na igreja devido a vários motivos como estresse, mágoa, insatisfação, etc. Mas essa atitude é certa?

Por Cristiano Stefenoni

Os meses de julho e janeiro são tradicionalmente conhecidos como o período das férias. E muitos líderes da igreja aproveitam essa ocasião para viajar com a família e também dar um tempo nas atividades eclesiásticas. Mas há os que “tiram férias” da igreja por outros motivos: estresse, mágoa com algum membro, insatisfação com o cargo que tem, problemas pessoais, entre outras razões. Mas esse seria o caminho correto?

De acordo com o empresário e teólogo, Fábio Hertel, boa parte desses problemas poderiam ser resolvidos se as igrejas distribuíssem melhor os cargos de modo que não sobrecarregasse tanto uma única pessoa.

“Acredito que muitas dessas situações se dão porque nas igrejas há ministérios demais para crentes de menos. Na ânsia de ter uma estrutura muito robusta de atendimento a diversos setores, geralmente os irmãos que se destacam acabam assumindo múltiplas funções na igreja o que desencadeia os sintomas da sobrecarga”, justifica Hertel.

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Outro ponto questionado pelo teólogo é em relação aqueles membros que costumam tirar um “ano sabático” e se afastar de suas funções na congregação.

“Na minha opinião, a necessidade de um ‘ano sabático’ só reflete a imaturidade dos líderes e a fragilidade do sistema que exige sobrecarga de atividades. Mas cada indivíduo é livre para decidir. Talvez o saudável seria tirar esse tempo para estudar temas específicos, escrever um livro, etc. Só não dá para ter um ‘ano sabático’ distante de Deus”, alerta.

Por outro lado, ele entende que há muitos líderes que estão esgotados em suas funções na igreja. Nesse momento, a orientação é de que haja maior participação dos membros, em atividades compartilhadas, além de um apoio especial aos pastores.

“Pesquisas recentes apontam para o crescimento de estresse, ansiedade e Síndrome de Burnout entre líderes religiosos. Penso que é uma ótima oportunidade para as ovelhas cuidarem de seus pastores (ou líderes de ministério) criando estruturas que não permitam excessos”, orienta Hertel.

O teólogo completa dizendo que “uma boa estratégia seria ter uma escala de trabalho que permitisse que os líderes revezassem durante o ano sem demandar sobre carga ou exigência de férias. Com uma liderança compartilhada, cada membro seria livre para visitar outras igrejas até para conhecer novas práticas para implementarem em seus ministérios”.

Caso a ausência seja realmente necessária, é importante que os líderes se programem em relação aos seus cargos e atividades que exercem. “No modelo compartilhado de liderança tudo se dá com suavidade. Assim, mesmo que haja um líder, outros irmãos já participam do dia a dia e estão aptos a conduzir o ministério na possível ausência de qualquer integrante”, finaliza.

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