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quinta-feira, 2 maio 2024

Ciência atesta o poder da oração

Foto: Freepik

Especialistas destacam como a prática de orar beneficia a saúde mental e física, proporcionando a cura de várias doenças

Por Patricia Scott

Não é novidade que a oração tem sido objeto de estudo por vários cientistas, ao redor do mundo, que tentam comprovar e buscar aprofundamento quanto ao seu poder. Estudiosos da Universidade Duke, nos Estados Unidos, por exemplo, confirmaram que a oração pode influenciar a capacidade orgânica de enfrentar doenças. Quando a pessoa ora, dizem eles, é fortalecido o lobo frontal, parte do cérebro que ativa o sistema imunológico.

De acordo com o mesmo estudo, a pessoa que tem fé vive 25% mais que os descrentes. Além disso, tem mais saúde física e mental, pressão arterial normal e um sistema de defesa orgânica muito mais forte.

Já o médico cristão Don Colbert, especialista em tratamentos naturais e grande pesquisador de assuntos relacionados à cura pela fé, afirma que a oração pode até regenerar o cérebro.

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“Muitas pessoas que fazem uso desta prática [oração] apresentam benefícios psicológicos e espirituais, como uma sensação de maior clareza, propósito, gratidão, senso de conexão, e bem-estar geral”, explicou ele durante entrevista à CBN News.

Colbert citou um estudo da Universidade de Rochester, nos Estados Unidos, que descobriu que 85% das pessoas que lidam com uma doença grave buscam ajuda na oração.
“Isso mostra que uma oração não é apenas um fenômeno cultural, mas um aspecto fundamental da experiência humana. No entanto, muitas pessoas ainda lutam para conciliar o poder da oração a uma visão de mundo científica”.

“Sinapses de memória”

O psiquiatra e psicanalista Pedro Onari analisa que a oração tem a capacidade de mudar a neuroplasticidade cerebral.

“A prática constante cria novas sinapses de memória, facilitando o acesso à experiência espiritual individual”, pontua o fundador do Instituto Onari, com o objetivo de levar “conhecimento da ciência em saúde mental, Psicanálise e Psiquiatria sem perder o foco nos ensinamentos de Jesus e na Palavra de Deus”.

O médico assevera ainda que a fé expressa a partir da oração leva o cérebro a associar a uma experiência transcendental com o sagrado e o divino. “Melhora a esperança e a expectativa de resolução de vários tipos de problemas, incluindo a regulação das emoções e a obtenção do domínio próprio”, revela e acrescenta: “Estudos indicam que a oração aumenta o fluxo sanguíneo em determinadas áreas cerebrais”.

Mente e imunidade

Ciência e fé caminham lado a lado, porque não existe contradição entre uma e outra, assevera Antônio Maspoli, PhD em Psicologia Clínica, como também em Ciências da Religião. “Há dois tipos de graça: a especial, que é gratuita, fruto do amor incondicional de Deus, e a comum, que provê o sustento e a providência do Senhor sobre justos e injustos.
Nela, está a ciência”.

Ciência atesta o poder da oração
Foto: Freepik

O especialista pontua que a neurociência avançou muito no estudo das funções sofisticadas da mente humana, incluindo a transcendente, que inclui a fé, a oração, a espiritualidade e todos os dons espirituais. Antônio explica que quando a pessoa ora, uma parte específica do cérebro é ativada, acalmando o sistema límbico reticular, especialmente o hipotálamo, a hipófise e a adrenal, que é a produtora de adrenalina, e a amígdala cerebral.
“Ao orar há produção de ondas gama, alfa e beta, que são semelhantes às produzidas em uma meditação”, detalha.

Segundo Antônio, todas as vezes que a pessoa tem contato com o que é genuinamente sagrado, ela entra em estado alterado de consciência. “A mente relaxa, o coração entra em frequência adequada, a respiração melhora e também a oxigenação no cérebro”. Ele revela que, por isso, recomenda a oração como uma das estratégias no tratamento da depressão, ansiedade e síndrome do pânico.

O especialista destaca ainda que a oração produz efeitos surpreendentes na saúde de pacientes que estão com o sistema imunológico debilitado. Isto porque, de acordo com ele, se orar tranquiliza a mente, o corpo e acalma as emoções, sendo elas diretamente relacionadas ao sistema imunológico, a psiconeuroimunologia atesta que a oração melhora sensivelmente a imunidade. “Pessoas que estão fazendo quimioterapia, que oram sistematicamente, às vezes nem precisam realizar transfusão de sangue”.

“Treino físico”

O Dr. Andrew Newberg, professor da Universidade da Pensilvânia (EUA), realizou estudos com 40 mil pacientes, baseados em ressonância magnética.

As considerações, ele apresenta no livro How God Changes Your Brain (“Como Deus Muda o Seu Cérebro”). Segundo o estudioso, quanto mais a pessoa pensa em Deus, mais intensamente serão as alterações dos circuitos neurais. Na obra, ele também salienta que a oração não apenas reduz o estresse, como em apenas doze minutos da prática por dia podem retardar o processo de envelhecimento.
Andrew pontua ainda que contemplar um Deus amoroso em vez de um punitivo reduz a ansiedade e a depressão e aumenta os sentimentos de segurança, compaixão e amor. O pesquisador também observa que a oração intensa modifica permanentemente inúmeras estruturas e funções do cérebro, alterando os valores e a maneira como a pessoa percebe o mundo.

Em suas experiências, o Dr. Andrew selecionou pessoas idosas com problemas de memória para observá-las antes, durante e depois de fazerem orações. Os estudos foram realizados durante 12 minutos diários ao longo de oito semanas.

Os resultados mostraram que a oração pode oferecer resultados muito positivos à saúde. Quando realizada regularmente, de acordo com Andrew, a oração aumenta a atividade do cérebro de forma semelhante ao que acontece com a comunicação. O mecanismo funciona como um “treino físico” para a mente, resultando no desenvolvimento cerebral e mesmo na cura de várias doenças.

Intercessão proximal

O apóstolo Tiago (5.16b) afirma: “orai uns pelos outros, para que sareis; a oração feita por um justo pode muito em seus efeitos”.

A passagem bíblica vai de encontro a um caso relatado em estudo. Uma mulher diagnosticada com degeneração macular juvenil incurável, que a deixou reconhecidamente cega por 13 anos, recuperou instantaneamente a visão depois que o marido, um pastor batista, impôs as mãos e fez uma oração por um milagre.

 

Ciência atesta o poder da oração
“A prática constante cria novas sinapses de memória, facilitando o acesso à experiência espiritual individual’” Pedro Onari, psiquiatra e psicanalista – Foto: Arquivo pessoal

O caso faz parte de um estudo divulgado em 2020, do Instituto Médico Global de Pesquisa (GMRI, na sigla em inglês).

“Este relato de caso examina a oração intercessora proximal (PIP) associada a uma recuperação notável da visão em um paciente com degeneração macular juvenil (DMJ). A sigla PIP refere-se à oração de contato direto, frequentemente envolvendo toque, por uma ou mais pessoas em nome de outra”, enfatiza um trecho da introdução do estudo publicado na revista Science Direct. O relatório da pesquisa aponta ainda que ambos pediram que sua visão fosse restaurada naquela noite. Quando o casal foi para a cama mais tarde do que o normal (depois da meia-noite), o marido realizou uma prática devocional espiritual apressada (lendo dois versículos da Bíblia) e ajoelhou-se para orar”.

“O que as pessoas precisam entender é ‘eu era cega’, totalmente cega e frequentava a Escola para Cegos. Eu li braille e andei com uma bengala branca”, resumiu a mulher, que teve a identidade preservada.

Ela contou também que “nunca tinha visto o rosto do marido ou das filhas. Estava cega quando meu marido orou por mim. Então, assim, em um momento, depois de anos de escuridão, eu pude ver perfeitamente! Foi milagroso! A foto da minha filha estava na cômoda. Pude ver como eram minha filha e meu marido. Pude ver o chão, os degraus. Em segundos, minha vida mudou drasticamente”.

Os estudiosos concluíram que os resultados da pesquisa e outros semelhantes “justificam o investimento em pesquisas futuras para verificar se e como as experiências de PIP podem desempenhar um papel na aparente resolução espontânea de condições ao longo da vida sem, de outra forma, prognóstico de recuperação”.

Perspectiva bíblica

Um aspecto importante do ministério de Jesus era curar não somente espiritualmente, mas fisicamente as pessoas. O apóstolo Mateus (4.23) compartilha: “E percorria Jesus toda a Galileia, ensinando nas sinagogas, pregando o evangelho do reino, e curando todas as doenças e enfermidades entre o povo.”

É importante frisar que os milagres de cura confirmaram o ministério da Igreja Primitiva. “Também das cidades circunvizinhas afluía muita gente a Jerusalém, conduzindo enfermos e atormentados de espíritos imundos, os quais eram todos curados”, relata Atos 5.16.
Assim, Deus, que detém todo poder e autoridade nos céus e na Terra, pode curar qualquer tipo de doença, inclusive as incuráveis na perspectiva da Medicina. “Enviou a sua palavra, e os sarou, e os livrou da destruição”, Salmos 107. 20.

Neste sentido, a ciência tem comprovado o que os cristãos já sabem e experimentam ao longo dos séculos: a oração produz cura. Tiago instrui (5.14-15) aos seguidores de Jesus: “Está doente algum de vós? Chame os anciãos da igreja, e estes orem sobre ele, ungido-o com óleo em nome do Senhor; e a oração da fé salvará o doente, e o Senhor o levantará; e, se houver cometido pecados, ser-lhe-ão perdoados.”

Testemunhos encorajadores

A Palavra de Deus expõe vários exemplos de cura física, tanto no Novo quanto no Velho Testamento. Confira, abaixo, alguns exemplos que servem para a renovação da fé, que gera bom ânimo e esperança.

  • Os 10 leprosos
    Lucas 17.11-19
  • Os israelitas no deserto picados de cobras
    Números 21.8-9
  • O cego de nascença
    João 9.1-10
  • A lepra de Naamã
    2 Reis 5.1-19
  • Esterilidade de Ana
    1 Samuel 1 e 2
  • Úlcera de Ezequias
    2 Reis 20.5-7
  • A paralisia do mendigo no templo
    Atos 3.6-8

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