Campanha “Pare as mortes no sul de Kaduna”, que pede o fim da violência contra cristãos na Nigéria foi lançada no domingo (09).
Desde janeiro, houve constantes assassinatos, saques, estupros e sequestros vitimando cristãos em Kaduna, na Nigéria. Por conta disso, celebridades nigerianas se uniram para uma campanha pelo fim da violência contra as comunidades cristãs no país. Intitulada “Pare as mortes no sul de Kaduna”, campanha foi lançada no domingo, 9.
“Quero que o mundo inteiro ouça minha voz. Quero paz. Quero que a unidade reine”, disse Joel Amadi, um dos artistas que participa da campanha. Em julho ele perdeu o pai em um ataque da milícia Fulani.
Amadi foi alertado durante o ataque e emitiu vários tuítes pedindo ao governador do estado de Kaduna, Nasir el Rufai, que enviasse agentes de segurança baseados a menos de 2 km da vila até a área, mas ninguém compareceu.
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Cristãos de todas as denominações vestidos de preto e se reuniram na Igreja Evangélica Vencendo Todos (ECWA) Good News Church Nyari High Cost na capital do estado de Kaduna para o ‘Culto do Domingo Negro’ organizado pelo Capítulo Estadual Kaduna da Associação Cristã da Nigéria (CAN).
“Não há mentira maior do que a narrativa de que os assassinatos no sul de Kaduna se baseiam em confrontos entre agricultores e pastores, sendo que 75% das vítimas eram mulheres e crianças”, declarou o presidente nacional da União dos Povos Kaduna do Sul (SOKAPU), Hon Jonathan Asake, disse durante o culto.
Protesto
Também, jovens se reuniram para um protesto pacífico no sábado, 8. Segundo o órgão de controle da perseguição, Christian Solidarity Worldwide (CSW), os manifestantes estavam vestidos de preto e carregando cartazes, que diziam: “Não podemos continuar assim” e “As vidas de Kaduna do Sul são importantes” e “O governo falhou conosco”.
“Os apelos por uma ação efetiva para lidar com a terrível situação no sul de Kaduna estão cada vez mais altos. A CSW dá as boas-vindas e concorda com aqueles na indústria de entretenimento nigeriana que falaram sobre a implacável perda de vidas”, disse o presidente-executivo da CSW, Mervyn Thomas.
“Continuamos a pedir intervenções internacionais urgentes, incluindo a convocação de uma sessão especial do Conselho de Direitos Humanos da ONU, com foco particular na atual crise no sul de Kaduna e no Estado de Plateau”, apelou.
*Com informações de Premier News
