Foram entregues 1.500 redes de proteção contra mosquitos, o que contribuirá para reduzir a proliferação da malária e outras doenças na comunidade indígena
Por Patricia Scott
O povo Yanomami tem enfrentado a fome, as doenças, a violência, a contaminação do solo e da água por conta do garimpo ilegal. Para minimizar a crise humanitária e sanitária estabelecida entre os indígenas, a Agência de Desenvolvimento e Recursos Assistenciais (ADRA) esteve em Roraima para ajudar e ser uma articuladora entre outras organizações não governamentais (ONGs). A agência humanitária adventista atua em 130 países com atendimentos a calamidades e projetos sociais.
A partir da informação da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) e o Distrito Sanitário Especial Indígena (DSEI) quanto à necessidade de telas de proteção e água potável para os indígenas e para os voluntários que estão trabalhando na região, a Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID) fez a doação de recursos para que a ADRA comprasse 1.500 redes de proteção contra mosquitos, o que reduzirá a proliferação da malária e outras doenças infectocontagiosas na comunidade. O material foi entregue no último dia 3 de fevereiro, na sede da Funai, que é a responsável pela distribuição.
“A gente agradece muito a vocês que estão apoiando e doando as redes. Também [apoiando] os pacientes da Casai, que estão precisando muito do atendimento”, salienta o líder indígena Ênio Yanomami, que é representante da associação Yanomami Hutukura.
Segundo Germando da Silva, representante do órgão, os pacientes da Casa de Saúde do Índio (Casai) e às comunidades mais afetadas pela malária são os beneficiados. “Os Yanomami estão passando por esse sofrimento há bastante tempo. A ADRA, sendo parceira dos Yanomami, é fundamental para amenizar a situação que estão passando no momento”
A ADRA também disponibilizou duas nutricionistas para atuar na Casai, uma vez que a diarreia está assolando a comunidade. Vale destacar que a iniciativa é apoiada pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef).
Como ajudar
Fábio Salles, diretor da ADRA Brasil, destaca que foi iniciada uma força-tarefa para captar fundos e auxiliar as comunidades expostas às insalubridades. “Nossa equipe também detectou uma grande necessidade de água potável.”
É importante frisar que, no Brasil, são cerca de 300 mil Yanomami divididos em 350 comunidades. Os grupos que estão concentrados em Roraima, no norte do país, apesar de ter as terras demarcadas, não conseguem mais suprir as necessidades básicas, visto que o desmatamento desequilibra todo o ecossistema.
Para contribuir, o PIX é: [email protected]. No site adra.org.br também é possível realizar doação.
