“Crianças têm necessidades especiais que, quando não atendidas, podem ser reveladas por comportamentos desafiadores”
Por Patricia Scott
A maternidade é um grande desafio. Afinal, educar não é uma tarefa fácil. Toda mãe já entrou em crise ou teve dúvida quanto a questões relacionadas à disciplina. A palavra vem do latim e significa “instrução, conhecimento e matéria a ser ensinada”.
Assim, fica claro, que educar os filhos é muito mais que uma lista de regras, que as crianças podem ou não cumprir. Também não é uma questão de métodos, receitas e passos milagrosos. Está relacionado a princípios, relacionamento e construção.
“A submissão das crianças é justamente o contrário de deixá-las viver sem receber comando”, expõe Tatiane Joslin, pastora de crianças e mentora de mães do projeto Maternidade em Graça. Ela afirma que os pequenos precisam aprender a dominar as vontades. “Isso deve ser ensinado e aperfeiçoado no processo e no treinamento da submissão”.
Outro ponto destacado por Tatiane é as mães precisam investigar o coração dos filhos para descobrir as razões por trás dos comportamentos. Desse modo, ela saberá lidar melhor com as situações. “Crianças têm necessidades especiais que, quando não atendidas, podem ser reveladas por comportamentos desafiadores”, ressalta e exemplifica: “Às vezes, o filho está gritando sem limites, porque deseja chamar a atenção. Às vezes, a filha está fazendo muitas bagunças na tentativa de se sentir útil e pertencente”.
Na visão de Tatiane, a disciplina deve conduzir os filhos pelo caminho correto, sendo o oposto de feri-lo porque ele cometeu um erro. “É importante que eles compreendam que são responsáveis pelas próprias ações”, pondera a autora do livro “Criação BíbliaCompatível”, da Editora Vida, acrescentando que se a mãe assumir todas as decisões da criança, deixando-a depender apenas das suas ordens, ela não desenvolverá a capacidade de lidar com o peso das próprias ações.
Na prática, como trabalhar a disciplina nos filhos? Tatiane elenca algumas dicas:
Não assuma responsabilidades pelos filhos – Muitas vezes, será necessário que eles enfrentam as consequências para que aprendam a ouvir sua instrução.
Cuidado com recompensa e punições – Não eduque seu filho de modo que ele aja na expectativa de ganhar algo ou com medo do castigo.
Transforme castigos em construção de escolhas – Em vez de avisar sobre o castigo que ele terá, deixe claro qual será a consequência de cada escolha.
Cuidado com as palavras – Além do poder criativo que elas têm de maneira sobrenatural, rotular o filho não é apenas uma profecia proferida, mas uma semente de dúvida lançada no coração dele.
Faça com que ele deseje ouvir sua voz – Para isso, tome o cuidado de agir com sabedoria e segurança. Relacione-se com seu filho de modo que o seu conselho queira ser ouvido, penetrando ao coração dele. Lembre-se quando ele menos merece graça, é quando mais precisa.
