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quinta-feira, 2 maio 2024

Quais repelentes usar contra o mosquito da dengue?

Foto: Reprodução

Segundo a Anvisa, não existem produtos de uso oral, como comprimidos e vitaminas, com indicação aprovada para repelir o mosquito

Por Patricia Scott 

Já foram registrados 991.017 casos prováveis de dengue, no Brasil, desde o início de 2024. De acordo com informações divulgadas pelo Painel de Arboviroses do Ministério da Saúde, na última terça-feira (27), 195 pessoas morreram pela doença e há outros 672 óbitos, sendo investigados para que seja constatada ou não a relação com o vírus.

Assim, devido ao aumento expressivo no número de casos, o Ministério da Saúde anunciou a realização do Dia D de combate à dengue, no Brasil. Será no próximo sábado (2). A mobilização, que tem como tema “10 minutos contra a dengue”, reforçará as ações de prevenção e eliminação dos focos do mosquito transmissor da doença, o Aedes aegypti.

Desse modo, diante da importância de ações preventivas, destaca-se a necessidade da utilização de repelentes. Eles são divididos em duas categorias: os aplicados na pele e os destinados ao ambiente. Segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), não existem produtos de uso oral, como comprimidos e vitaminas, com indicação aprovada para repelir o mosquito. É importante frisar que o repelente contra mosquito da dengue não é o mesmo com proteção comum. 

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Repelentes de insetos para a pele

Os repelentes de insetos para aplicação na pele são enquadrados na categoria “Cosméticos” e devem estar registrados na Anvisa. “Todos os ativos repelentes de insetos que já tiveram aprovação para uso em produtos cosméticos podem ser usados em crianças, mas é importante seguir as orientações descritas na rotulagem do produto, pois cada ativo tem suas particularidades e restrições de uso”.

No entanto, a Anvisa adverte que o uso de produtos repelentes de insetos que contenham o ingrediente DEET não é permitido em crianças menores de dois anos. “Já em crianças de dois a 12 anos, o uso de DEET é permitido desde que a concentração não seja superior a 10%, restrita a apenas três aplicações diárias, evitando-se o uso prolongado”.

De acordo com a Anvisa, é importante observar que produtos repelentes de insetos devem ser aplicados nas áreas expostas do corpo, conforme a norma vigente sobre cosméticos, a RDC 19/2013. “O produto só deve ser aplicado nas roupas se houver indicação expressa na arte da rotulagem”.

Utilização no ambiente

Os produtos mais utilizados para uso no ambiente, conforme a Anvisa, são inseticidas e repelentes. “Os inseticidas são indicados para matar os mosquitos adultos”. Eles são encontrados principalmente em spray e aerossol, possuindo substâncias ativas que matam os mosquitos, além de solubilizantes e conservantes.

Já os repelentes, alerta a Anvisa, apenas afastam os mosquitos do ambiente. “Eles são comercializados na forma de espirais, líquidos e pastilhas utilizadas, por exemplo, em aparelhos elétricos”. Cabe destacar que os inseticidas e repelentes devem ter a substância ativa e os componentes complementares (solubilizantes e conservantes) aprovados pela Anvisa.

Alguns cuidados

De acordo com a Anisa, os repelentes em aparelhos elétricos ou espirais não devem ser utilizados em locais com pouca ventilação nem na presença de pessoas asmáticas ou com alergias respiratórias. Eles podem ser colocados em qualquer ambiente da casa, desde que estejam, no mínimo, a dois metros de distância das pessoas.

A Anvisa adverte que os inseticidas chamados “naturais”, à base de citronela, andiroba, óleo de cravo, entre outros, não possuem comprovação de eficácia. “Ou seja, as velas, os odorizantes de ambientes e incensos que indicam propriedades repelentes de insetos não estão aprovados pela agência”. No entanto, o óleo de neem, que possui a substância azadiractina, é aprovado pela Anvisa para uso em inseticidas, mas o produto deve estar registrado.

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