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sexta-feira, 3 maio 2024

O cristão empreendedor e seus desafios

O famoso “jeitinho brasileiro” pode fazer parte das práticas do empresário cristão?

Por Lilia Barros

Um empreendedor cristão enfrenta desafios que vão muito além de trabalhar duro para fazer seu negócio dar certo. Ele também enfrenta propostas e oportunidades no mercado empresarial que poderiam render muito lucro para sua empresa, mas que contrariam princípios cristãos.

É o famoso “dar um jeitinho” para se dar bem, tão comum no Brasil. Como então se manter no mundo empresarial sem ceder às situações ilícitas? Como empreender de forma lucrativa ao ponto de ter dinheiro suficiente e andar em paz com sua consciência cristã? Existe algum segredo para se promover os valores do Reino de Deus em um ambiente agressivo, do ponto de vista de que bom é aquele sai na frente?

O conflito entre ter sucesso no empreendimento e preservar a comunhão com Deus e sua Palavra não precisa ser um peso na vida de quem se esforça para ser próspero, honesto, ético e fiel a Deus.

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É possível

Dona da empresa Expressão Maior Comunicação, a empresária evangélica Marisa Victoria, do Rio de Janeiro, conhece bem os desafios de ser uma cristã autêntica, e garante que vale a pena. Ela explica que é possível ser um empreendedor cristão em um mundo competitivo, que muitas vezes inverte os valores e prioriza os “espertinhos”, mesmo que essa esperteza custe o direito de alguém.

“Ser um empreendedor cristão é ser um cristão em atividade na sua ocupação profissional. Nossa fé, nosso caráter e nossas escolhas devem ser pautados na Palavra de Deus, não importando se somos proprietários, funcionários de uma empresa ou temos qualquer outro tipo de trabalho. No mundo empresarial, muitas atitudes parecem comuns, mas não são nada normais se quisermos seguir os princípios e valores do Reino. Mentir e dar “um jeitinho” em algo, por exemplo, não combinam com aquilo que Deus ensina. O posicionamento sempre será o diferencial do cristão, esteja ele onde ele estiver”, ela afirma.

Perdas e ganhos

Para Marisa, há um jeito muito simples para um empreendedor cristão não ceder aos convites lucrativos e não lícitos. “Quando dizemos ‘não’ a propostas erradas, que parecem ser vantajosas do ponto de vista financeiro, a princípio temos a impressão de que estamos perdendo mas, quando o temor a Deus entra em ação, Ele sempre honra quem preserva princípios. É só esperar”, ela garante.

Diante disso, para ser honesto nos negócios é preciso limitar o ganho financeiro? “Não creio assim”, diz Marisa. “Creio que nós, cristãos, fomos chamados para ‘comer o melhor dessa terra’ (Is. 1:19). Eu acredito que podemos ganhar muito bem sendo cristãos, se formos pessoas visionárias, que trabalham com excelência, e agirmos com sabedoria. O problema não é ganhar dinheiro; é amar o dinheiro mais do que amamos a Deus. Conseguimos equilibrar negócio e fé colocando a vida espiritual sempre em primeiro lugar. É o verdadeiro relacionamento com Deus que nos dará a direção de que precisamos na vida, inclusive nos negócios. Quantas vezes ficamos em dúvida sobre o que fazer… Deus já viu o nosso futuro, então, nós O colocamos em primeiro lugar e seguimos Sua direção. É isso que dá certo”, ensina a empresária.

A Bíblia adverte que o amor ao dinheiro é a raiz de todos os males (1 Tm. 6:10). Esse versículo levanta dúvidas sobre o valor e a pureza no uso do dinheiro. Há quem tenha receio de estar em pecado por pensar em ganhar dinheiro. Mas Marisa tem uma palavra de esclarecimento e ânimo para os que pensam assim.

“Esse versículo é muito mal interpretado por várias pessoas. Muitos defendem que é ruim o cristão ter dinheiro porque isso o afasta de Deus. Na verdade, tudo depende do coração. O problema é onde colocamos o nosso foco. Pessoas que amam o dinheiro ganhando pouco continuarão amando o dinheiro ganhando muito. Porém, pessoas que não se deixam influenciar pelo montante de dinheiro, mas o veem como instrumento para viver uma vida confortável e ajudar outros, podem ganhar muito, pois isso não dominará seu coração. Deus não divide Seu trono com nada e nem com ninguém. Podemos ganhar bem, desde que Deus continue sendo o centro da nossa vida, e não o dinheiro”, ela finaliza.

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