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sexta-feira, 3 maio 2024

10 dicas para mulheres que querem empreender

Kathia Alves é fundadora e CEO da VIP Solutions, empresa especializada em soluções de telefonia em nuvem. Foto: Reprodução inteernet

Mais de 10 milhões de mulheres abriram a própria empresa no país, mas elas ainda esbarram no preconceito

Por Cristiano Stefenoni

Ter o próprio negócio não é fácil, mas é a realidade de mais de 10 milhões de mulheres no país, segundo dados do Sebrae. Desse total, 25% já sofreram preconceito exatamente por serem mulheres. Apesar disso, elas seguem firmes no empreendedorismo. Dados do Sebrae mostram que, só entre os anos de 2021 e 2022, o número de mulheres que abriram empresas subiu 30%.

Entre essas empreendedoras de visão está Kathia Alves, fundadora e CEO da VIP Solutions, empresa especializada em soluções de telefonia em nuvem. Ela começou como vendedora “de porta em porta” e hoje fatura R$ 300 mil por mês com telefonia na nuvem.

Kathia conta que, até se impor como executiva na área de telecom, passou por situações embaraçosas. “Como CEO de uma empresa de um setor dominado por homens, enfrentei desafios significativos, incluindo o viés de gênero que dificultava o meu acesso a redes de relacionamentos, grupos de negócios e recursos”, afirma.

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Segundo ela, a preocupação com a forma de falar e de se comportar era constante, para evitar que houvesse margem para alguma interpretação errada. Para Kathia, essas experiências fortaleceram a empresa dela. “Faço questão de termos um ambiente acolhedor”, destaca.

Quem também sofreu preconceito foi a empresária Flavia Mardegan, especialista em vendas e fundadora da Mardegan Transformation and Results, consultoria focada em ajudar empreendedores e gestores a aumentarem os resultados comerciais.

Ela conta que ouviu diversas vezes que vendia por causa da aparência dela e não porque tinha dois diplomas e cursava administração de empresas, além de ser a primeira a chegar e a última a sair do trabalho.

“Eu me formei e comecei a trabalhar muito nova. Sofri preconceitos de várias formas. Por ser jovem, o cliente tinha receio de entregar um projeto alto na mão de uma ‘menina’.  Além disso, eu estava em uma área composta majoritariamente por homens. Era a única mulher de uma equipe de seis pessoas”, conta.

Mesmo diante das adversidades, elas alcançaram sucesso e mostram, dia a dia, que é possível ser mulher e empreendedora.

O Sebrae dá algumas dicas importantes para quem está pensando em navegar por esses mares. Confira!

10 dicas para mulheres que querem empreender

1 – Valorize aquilo que você já tem

As habilidades são características singulares e individuais. Você sabia que algumas das características mais valorizadas no empreendedorismo hoje são tidas como femininas? Empatia, trabalho em equipe, flexibilidade, criatividade, escuta ativa e resolução de problemas são algumas das skills mais desejadas no mercado de trabalho. Essas características, que fazem parte da socialização feminina, constituem um rol de competências cada vez mais almejado na consolidação de negócios de sucesso.

Em outras palavras, aquelas habilidades que você prática no seu dia a dia, como escutar o problema de uma amiga, manejar com criatividade soluções para tarefas diárias ou resolver um conflito entre seus filhos, podem ser uma ferramenta poderosa na hora de empreender.

Valorizar essa desenvoltura para além do espaço doméstico e social, trazendo isso como uma potência empreendedora, é estar alinhada com as demandas, tendências e oportunidades do futuro do trabalho e do empreendedorismo.

2 – Desenvolva autoconhecimento e propósito

Ter um propósito faz toda a diferença na hora de superar as dificuldades e alavancar seu negócio. O termo se popularizou nos últimos anos, quando profissionais de marketing e branding entenderam que mais importante do que ‘o que’ a empresa faz (seja venda de produto ou serviço) é por que ela faz o que faz. Qual o motivo que lhe move como empreendedora?

O propósito traz um senso de que estamos trabalhando para um futuro melhor, é um projeto de vida ou uma intenção futura. Identificá-lo exige uma boa dose de autoconhecimento para entender suas motivações, seus interesses e o legado que você quer deixar por meio do seu negócio.

Algumas perguntas que podem lhe guiar nessa busca: se eu não precisasse ganhar dinheiro, o que faria da vida? Que atividade me faz feliz? O que eu posso fazer de bom para os outros com o meu trabalho?

3 – Faça a modelagem do seu negócio

Quando for transformar seu sonho em negócio, não comece do zero. Fazer um plano de negócios, analisar o mercado, entender as dores do cliente e testar hipóteses são atitudes  importantes para você antecipar suas ações e resultados futuros.

É fundamental que você entenda onde seu negócio está e aonde você quer chegar, para que tenha mais segurança e clareza na tomada de decisões.

4 – Organize seu tempo

Entender suas prioridades e estabelecer metas factíveis para a equação ‘tarefas a fazer X tempo disponível’ é fundamental para o sucesso do seu negócio tanto quanto para sua saúde mental enquanto empreendedora.

É comum que mulheres precisem conciliar seus negócios com as tarefas domésticas. No caso de mães, por exemplo, a jornada tem particularidades típicas do empreendedorismo materno. Por isso, estipular horários de trabalho bem definidos ajuda na realização de tarefas sem sobrecarga.

5 – Aprenda a delegar

Não é porque você é MEI que precisa fazer tudo sozinha. Tenha uma cartela de fornecedores e parceiros confiáveis. Formatar essa rede de relacionamento pode dar trabalho e exigir muitos testes no começo, mas se cercar de profissionais competentes para quem você possa delegar algumas tarefas compensa. Dessa maneira, você pode se dedicar a pensar sua empresa de modo estratégico, sem se atropelar com as atividades operacionais que demandam tempo e tiram o foco do seu objetivo.

Se a contratação de serviços e fornecedores não for uma possibilidade para a sua empresa, pense que você também pode delegar as tarefas domésticas e o cuidado com os filhos, busque construir uma rede de apoio para lhe ajudar.

6 – Aposte no Branding

Branding é a gestão da marca, é fazer com que sua marca seja percebida com mais valor. É um trabalho estratégico de imagem, comunicação, público-alvo e negócio que posiciona sua empresa de maneira mais assertiva e com mais valor agregado.

Na correria do dia a dia da empreendedora MEI, muitas vezes o foco acaba no operacional, na produção, no alcance de metas. O Branding faz com que você aumente seus lucros sem precisar, necessariamente, aumentar o número de vendas, mas incrementando o valor das suas vendas.

E engana-se quem pensa que o Branding é dedicado só às marcas e empresas. A marca pessoal também é um ativo a ser trabalhado. Principalmente, para empreendedoras MEI e autônomas, que muitas vezes são a cara do seu negócio.

7 – Invista em educação financeira

As mulheres são pouco incentivadas a lidar com finanças, aprender como ganhar dinheiro ou buscar conhecimento sobre investimentos. O resultado disso é que muitas empreendedoras não se sentem preparadas para tomar conta da gestão financeira da própria empresa.

Desmistificar essas barreiras é o primeiro passo em busca de uma gestão financeira equilibrada, tanto na vida pessoal quanto nos negócios. Buscar conhecimento também ajuda a manter o planejamento financeiro das empreendedoras em dia, afinal, dinheiro pode, sim, trazer felicidade.

8 – Perca o medo de pedir crédito

Muitas empreendedoras não buscam as instituições financeiras a fim de conseguir recursos para seus negócios. Seja pela falta de familiaridade ou por medo de se comprometer financeiramente e não conseguir arcar com os pagamentos, a prática não é comum entre mulheres.

Mas toda empresa precisa de recursos para iniciar ou para crescer. Se você, como a maioria das empreendedoras, não está com dinheiro sobrando, essa é uma boa alternativa para dar um impulso ao seu negócio.

A boa notícia é que várias instituições financeiras e cooperativas trabalham com planos de crédito especialmente para empreendedoras.

9 – Estude sobre marketing digital

Está certo que você não precisa dominar todas as frentes de um negócio. A dica número 5 falou justamente sobre a importância de delegar. Ainda assim, não dá para negar que o marketing digital traz resultados efetivos de venda e divulgação.

Mesmo que isso não seja o core da sua empresa, muitas empreendedoras optam por administrar as próprias redes sociais, a fim de garantir uma maior pessoalidade e personalidade na comunicação do negócio. Em outras palavras, garantir que o Branding, a imagem percebida da sua marca, esteja coerente com o que você deseja.

Então, se a opção é fortalecer sua presença digital ao administrar o marketing e as redes sociais, estudo e capacitação nessa área vão otimizar o uso das ferramentas e assegurar melhores resultados.

10 – Não se esqueça do networking

Uma boa rede de contatos permite que a empreendedora faça parcerias, tenha novas ideias, compartilhe dores, troque fornecedores e tenha acesso a informações estratégicas para o seu negócio.

Por mais que a rotina diária de um negócio seja puxada, especialmente quando se é uma microempreendedora individual, deixe reservado na agenda um tempo para ativar e manter sua rede de contatos. A dica é participar de eventos, encontros, cursos, palestras e outras atividades em que você possa conhecer outras empreendedoras.

Fonte: Sebrae

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