Para ser aprovada, a PEC do voto impresso precisava atingir o mínimo de 308 votos favoráveis. Apenas um deputado capixaba votou contra
Por Josué de Oliveira
O presidente Jair Bolsonaro sofreu uma derrota na Câmara Federal no final da noite da última terça-feira (10). O deputados federais arquivaram a PEC que tornava o voto impresso obrigatório por 229 votos favoráveis, 218 contrários e 1 abstenção.
Para ser aprovado, o texto precisava atingir o mínimo de 308 votos favoráveis. A proposta rejeitada, de autoria da deputada Bia Kicis (PSL-DF), determinava a impressão de “cédulas físicas conferíveis pelo eleitor” independentemente do meio empregado para o registro dos votos em eleições, plebiscitos e referendos.
Dos 10 deputados federais do Espírito Santo, apenas o petista Hélder Salomão e o deputado Felipe Rigoni (sem partido) votaram contra. “Venceu a democracia”, disse Hélder.
Felipe Rigoni disse que sua posição contrária à PEC reforça uma análise de que sempre defendeu. “Não é pressão política que vai me fazer mudar de opinião”.
Os demais parlamentares Norma Ayub, Ted Conti, Da Vitória, Amaro Neto, Neucimar Fraga, Evair de Melo e Soraya Manato votaram a favor do voto impresso.
- Desfile de tanques divide bancada capixaba
- Bolsonaro não comenta denúncias e publica vídeo por voto impresso
A votação dessa terça-feira é a terceira derrota do voto impresso na Câmara, já que o tema foi rejeitado em duas votações na comissão especial na semana passada.
Momentos antes da votação, o presidente Jair Bolsonaro participou de um desfile de tanques de guerra das Forças Armadas na Esplanada dos Ministérios. A oposição considerou uma tentativa de pressionar os parlamentares para aprovar a PEC.
Votaram a favor
- Da Vitória (Cidadania)
- Neucimar Fraga (PSD)
- Evair de Melo (PP)
- Amaro Neto (Republicanos)
- Soraya Manato (PSL)
- Norma Ayub (DEM)
- Lauriete (PSC)
- Ted Conti (PSB)
Votou Contra
- Helder Salomão (PT)
- Felipe Rigoni