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sexta-feira, 19 abril 2024

Voto consciente: 23 pré candidatos evangélicos assinaram Carta de Princípios elaborada pelas igrejas

Presidente Estadual do ES, pastor Romerito de Oliveira

A Carta de Princípios é um documento assinado por candidatos evangélicos que vão disputar o pleito 2022.  A expectativa é de que cerca de 80 nomes sejam catalogados

Por Lilia Barros

As igrejas, instituições sociais, políticas e de segurança pública estão se unindo para evitar que candidatos evangélicos que aspiram por um cargo político, se desviem daquilo que prometeram durante a campanha e não cumpram princípios cristãos depois de chegarem ao poder.

Com base na passagem bíblica:”Procurei entre eles um homem que erguesse o muro e se pudesse na brecha diante de mim e em favor da terra” (Ez 22.30), um novo modelo de aliança política está sendo desenhado no meio evangélico pelas igrejas ligadas ao Fórum Evangélico Nacional Social e Político (Fenasp), um movimento conservador que realiza o evento “Voto Consciente” em diversas igrejas que abrem espaço para os encontros com a intenção de levantar nomes que represente as igrejas nos diversos poderes da cidade, do estado e do país.

O evento é gratuito, presencial e aberto aos Líderes Evangélicos do Estado e atua na conscientização do cristão para o exercício de sua cidadania com extrema cautela, objetivando usufruir do direito ao voto em defesa dos valores, princípios e convicções que professa.

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O grupo preparou um documento chamado “Carta de Princípios” balizando diversos posicionamentos que serão exigidos dos candidatos ao pleito eleitoral de 2022. A carta está em fase de correção e conclusão deverá ser assinada por aqueles que quiserem apoio para se tornarem representantes do povo cristão no Poder Legislativo. Caso não cumpram o acordo, serão denunciados por estelionato eleitoral.

Lideranças evangélicas debatem os rumos da liberdade de expressão “Temos sido perseguidos, discriminados, nossa sociedade não pode ser formada por indivíduos corrompidos. Não aceitaremos imposição de limites à nossa liberdade de expressão”, argumentou o pastor Ernesto Conti, da Igreja Presbiteriana Água Viva, para quem que a contribuição da religião para a sociedade é fundamental.

“Até o momento, temos 23 assinaturas; acontece que nosso universo de pré candidatos é maior, tanto para o governo estadual, Câmaras de deputados estaduais e federais e Assembleia Legislativa com cerca de 63 nomes de evangélicos catalogados, mas a gente sabe que esse número vai crescer e deve chegar perto de 80 pessoas. Faremos reuniões com os pré candidatos para definirmos essas questões de assinatura da carta, esclarecer sobre formação das chapas dos partidos. Os meses de maio e junto serão de esclarecimentos. Em princípio, usaremos nossas mídias e contatos para divulgarmos os nossos candidatos e fazer uma campanha bem completa de todos. No Norte, Sul, Leste e Oeste, priorizando cada um na sua própria região”, explicou o pastor que compõe o movimento conservador do Fenasp.

O presidente nacional do Fórum, o bispo Valderi Alves, da Igreja Sara Nossa Terra, explica o motivo da parceria com as igrejas. “Estamos em uma guerra espiritual e vamos vencer debaixo de oração. Estamos nos resguardando para prevenir que haja desvio evangélico do candidato que diz estar do nosso lado e quando chega ao poder faz outra coisa”, explicou.

O bispo acredita ser necessário fazer uma correção de rumos no Parlamento. “O Espírito Santo é o primeiro estado que coloca o pé em um evento do Fenasp. Hoje falo de política porque amanhã quero poder falar de Jesus. Vivemos anos debaixo de um jogo que nos afastava desse tema e o Fenasp é a voz da política, é o grito da igreja na pós-modernidade. Somos a resistência! Se não falarmos de política hoje não vamos poder falar do evangelho amanhã”, alerta.

No Espírito Santo, o presidente do órgão, pastor Romerito de Oliveira, afirma que “a proposta é que o Fenasp seja o observatório no processo de produção legislativa nas esferas estaduais e municipais e do Judiciário, para municiar os parlamentares que são defensores da família. É necessário construir algumas pontes quebradas no passado, para iniciar um novo processo de atuação política”.

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