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sábado, 20 abril 2024

Votação de Impeachment vira festa na Praça do Papa

A votação pela continuidade do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff movimentou o Estado na tarde deste domingo (17/04).

O ponto de maior concentração foi o tradicional, na Praça do Papa, onde cerca de 1.000 pessoas se reuniram, segundo informações da Polícia Militar.

Dessa vez a Terceira Ponte não foi fechada e os manifestantes de Vila Velha, cerca de 600, a favor do impeachment lotaram o posto Moby Dick. Já os contra o impedimento, também aproximadamente 600, se reuniram na Praça Costa Pereira, em Vitória, e nos bares da região.

Como em dias de jogo de futebol, a cada “sim” anunciado pelos deputados assistidos através de dois telões na Praça da Papa, uma explosão de alegria por parte dos “torcedores” era vista.

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A cientista social, Ivonete Rodrigues Guedes Sartório, vai com a filha Anita (11) e a sobrinha Marina (14) a todas as manifestações, mas dessa vez disse que o gosto foi especial por ser um momento decisivo para o país.

“Enxergo as manifestações como nossa forma de protestar contra a corrupção que tem assolado o país. Para as meninas é uma maneira de educar sobre civismo e como tratar as questões políticas”, ressaltou.

Thiago Antonio da Silva Carlos foi professor e hoje tem seu próprio negócio vendendo açaí. Foi a primeira vez que levou seu foodtruck para a Praça do Papa e mais do que vender, também foi manifestar sua opinião sobre a situação do país.

“Sou a favor de rasgar a Constituição de 1988 e escrever de novo com todas as necessidades que o país precisa. Busco e almejo um país desenvolvido, que use sua malha ferroviária como transporte, porque é uma dos meios mais seguros, que não tenha corrupção e que batalhe para sair do atraso que temos em relação a outros países desenvolvidos”, destacou.

Votação de Impeachment vira festa na Praça do Papa

A luta continua

Michelle Moreira Veronez foi pela segunda vez às manifestações e disse nunca ter concordado com a gestão do Partido dos Trabalhadores (PT) e sua posição diante do país.

“Agora temos que continuar na nossa luta, porque o projeto ainda vai para o Senado. Tem que sair o que está errado para o país melhorar e ter mais Justiça, porque o que estamos passando não está bom para ninguém”,
Do outro lado, aqueles que são contrários ao impeachment também se preparam para mais um ato hoje (18/04), organizado pela Frente Brasil Popular, com concentração às 13 horas, na Praça Costa Pereira, para pressionar o Senado. Às 16 horas, cantores capixabas como Carlos Papel farão apresentações no trio elétrico.
O processo segue hoje para ser lido amanhã (19/04) no plenário da Casa e os líderes partidários indicarem os 42 parlamentares que vão compor a comissão que analisará o caso.
A comissão terá prazo de 48 horas para eleger o presidente e o relator do processo de impeachment. Como no meio desse prazo tem o feriado de Tiradentes (21/04), feira, isso deverá acontecer na segunda-feira (25/04).

A nova votação deve acontecer no Senado nos dias 10 e 11 de maio, e, caso seja aprovada, a presidente Dilma Rousseff será notificada e afastada do cargo por um prazo máximo de 180 dias, para que os senadores concluam o processo. O vice-presidente da República, Michel Temer, assume o posto.

Mesmo se for afastada, Dilma manterá direitos como salário, residência no Palácio da Alvorada e segurança. Nesse período, ela fica impedida apenas de exercer suas funções de chefe de Estado até que todo o processo de impeachment tramite no Supremo Tribunal Federal (STF).

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