A Bíblia diz que não deve sair da boca nenhuma palavra torpe, mas somente a que for boa para edificação
Por Patricia Scott
No dicionário, “palavrão” refere-se a uma expressão grosseira ou obscena, podendo ofender, humilhar ou ferir alguém. Embora as Sagradas Escrituras não tratem especificamente dos xingamentos, enfatizam a importância do cuidado no uso das palavras.
O livro de Provérbios 21.23 orienta: “Quem é cuidadoso no que fala evita muito sofrimento.” Da mesma forma, Tiago (3.9-10) adverte: “Com a língua bendizemos o Senhor e Pai e com ela amaldiçoamos os homens, feitos à semelhança de Deus. Da mesma boca procedem bênção e maldição. Meus irmãos, não pode ser assim!”
Abordando o assunto, o pastor Ediudson Fontes ressalta que, em Efésios 4.29, o apóstolo Paulo instrui: “Não saia da vossa boca nenhuma palavra torpe, mas só a que for boa para edificação, conforme a necessidade, e assim transmita graça aos que a ouvem”.
“Isso indica que a linguagem deve ser usada para edificar e encorajar, não para ferir ou desrespeitar”, pontua Fontes, ministro da Assembleia de Deus – Cidade Santa, no Rio de Janeiro (RJ).
Além disso, o pastor observa que palavras ofensivas podem refletir um estado interior negativo, como raiva, desrespeito ou falta de amor. Isto porque em Mateus 12.34, Jesus afirma: “A boca fala do que está cheio o coração.”
Ele reforça que palavras ofensivas vão contra um mandamento bíblico: o do amor ao próximo (Mateus 22.39). Portanto, defende que aqueles que são nascidos de novo em Cristo devem buscar a santificação, o que inclui necessariamente a linguagem.
Para o pastor Ediudson, a forma como um cristão fala pode impactar seu testemunho e até escandalizar . Ele ensina que o discurso dos cristãos deve refletir os valores bíblicos, rejeitando “ira, indignação, malícia, blasfêmia e palavras desonestas” (Colossenses 3.8).
“Palavrão está em desacordo com os ensinamentos bíblicos. É necessário orar e pedir a Deus por libertação. À medida que esse propósito é intensificado, o Espírito Santo atuará na vida do cristão,” prega Fontes, acrescenta: “É preciso arrependimento pelo pecado cometido e pedido de perdão ao Senhor para que haja mudança também na linguagem.”