Vitória é a capital onde as dívidas nas lojas têm o valor médio mensal mais alto: R$
3.298 por família. Florianópolis está em segundo lugar no ranking, com R$ 3.094 por
família. Em terceiro lugar, aparece Belo Horizonte: R$ 2.648. A proporção de
inadimplentes no varejo da capital capixaba também é elevada: 23%. Os dados constam
na pesquisa Radiografia do Crédito e do Endividamento das Famílias nas Capitais
Brasileiras, feita pela Fecomércio de São Paulo, com base em dados de 2013. O
universo de famílias endividadas no varejo cresceu quatro pontos percentuais: de 59%
em 2012 para 63% em 2013.

Já a edição de agosto da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor
(Peic), realizada pela Fecomércio-ES, constatou cerca de 56 mil clientes endividados
(com cheques pré-datados, cartões de crédito, carnês de lojas, empréstimo pessoal,
etc) no varejo de Vitória. Equivalem a 53,3% de toda a freguesia. E 10 mil
declararam não ter condições de liquidar o débito. Entre os consumidores com renda
de até dez salários mínimos, 45,7% possuem contas com pagamento atrasado em mais de
90 dias.

Além disso, “ao longo de 2014 cresceu o desapontamento do empresário do comércio com
o desempenho das vendas. Isso porque houve forte encarecimento do custo do crédito”,
ressalta o presidente da Fecomércio-ES, José Lino Sepulcri. Os números mais recentes
do Banco Central indicam que os juros médios dos empréstimos para pessoas físicas
atingiram 42,5% ao ano, o maior nível desde julho de 2011. A visão prospectiva de
José Lino aponta provável melhoria nas vendas do segundo semestre, em relação ao
primeiro, mas ele ressalta que “não será nem perto do que tivemos no segundo
semestre de 2013, quando o volume de vendas cresceu 5,8% comparado a igual período
em 2012”.