Como a transformação de um adolescente no Abrigo Lar Cristão, na Colômbia, impactou toda a família
Abnober (nome fictício por segurança), cresceu em uma casa de madeira ao lado de um rio em uma tribo na Colômbia. Como indígena, a família sobrevivia da pesca e caça, mas não era um lar feliz, pois o pai bebia muito. A mãe conhecia a Deus, mas não praticava a fé cristã por causa da perseguição na tribo.
Os cristãos não participam das festas e atividades tradicionais praticadas pela tribo, o que faz com que a comunidade pense que eles trazem azar e os veja como traidores. A pregação é proibida e as ameaças de fechar ou queimar igrejas são constantes.
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Ainda muito novo, Abnober começou a sair com más companhias e começou a beber álcool e usar drogas quando tinha apenas 12 anos. Isso continuou até os 14, quando seus pais decidiram mandá-lo para o Abrigo Lar Cristão, uma escola e lar administrada pela Portas Abertas na Colômbia. Ao chegar lá, Abnober começou a mudar.
“Para mim, este lugar é uma grande bênção, porque desde que cheguei aprendi muitas coisas, como trabalhar em equipe, e conheci pessoas que amam a Deus. Isso me fez crescer no conhecimento do evangelho, na minha vida espiritual. É como minha segunda casa”, testemunha.
Transformação
Depois de um ano estudando longe da família, Abnober foi passar as férias em casa e relata: “Em um ano eu era uma pessoa muito diferente. A comunidade reconheceu que eu tinha mudado muito”.
Essa mudança em Abnober causou uma mudança em sua família, pois eles viram o poder de Deus trabalhando nele. Sua mãe começou a viver a fé que conhecia há tanto tempo, e seu pai também passou a crer. “Agradeço a Deus que minha família agora é cristã”, diz o jovem.
No entanto, isso também trouxe problemas para a família de Abnober. A mãe foi demitida do trabalho, onde cuidava de crianças, pois “começou a contar às crianças sobre Jesus, mas os líderes da tribo não queriam isso”, como relata Abnober.
Quando seus pais começaram a seguir Jesus, se manifestaram contra o tráfico de drogas, o que também gerou perseguição. “Meus pais começaram a trabalhar com um pastor na área. Eles tentam manter as crianças longe do comércio de cocaína, mas por causa disso, meu pai em particular começou a receber ameaças de morte. Ele não pode mais ir pescar sozinho, porque eles podem matá-lo, e quando ele quer sair da tribo, alguém tem que ir com ele.”
Apesar de todas essas dificuldades, Abnober sabe que Deus está cuidando dele e de sua família. “Deus é bom para mim e sei que Ele está comigo”.