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sexta-feira, 29 março 2024

Fronteira entre Brasil e Venezuela permanece fechada

Foto: Reprodução

Cerca de 50 pessoas chegaram à fronteira para recolher pedras e rejeitos espalhados pelo chão. E seis militares venezuelanos impediram a entrada de ajuda humanitária no dia 23 de fevereiro.

A fronteira entre Brasil e Venezuela, em Pacaraima (RR), amanheceu fechada nesta sexta-feira (1º) pelo 8º dia, mesmo após uma negociação entre os governadores dos estados de Roraima e Bolívar. A expectativa era que a passagem, bloqueada por ordem de Nicolás Maduro, fosse permitida a partir desta quinta (28), o que ainda não aconteceu.

Pela manhã, cerca de 50 pessoas vindas da Venezuela chegaram à região de fronteira. Elas se reuniram com os militares venezuelanos que bloqueiam a entrada no país vizinho e, em seguida, começaram a recolher pedras e rejeitos que estavam pelo chão.

Hoje o Departamento do Tesouro dos Estados Unidos emitiu novas sanções relacionadas à Venezuela contra seis militares do governo venezuelano que impediram que a ajuda humanitária entrasse no país no dia 23 de fevereiro.

De acordo com o secretário do Departamento do Tesouro, Steven T. Mnuchin, “os bloqueios de caminhões e navios carregados com ajuda humanitária por Nicolás Maduro são o exemplo mais recente de seu regime ilegítimo que arma a entrega de alimentos e suprimentos essenciais para controlar os venezuelanos vulneráveis. Estamos sancionando os membros das forças de segurança de Maduro em resposta à violência repreensível, mortes trágicas e incendiar indiscriminadamente alimentos e remédios destinados aos venezuelanos doentes e famintos ”, disse o secretário.

A nota também reforça que os Estados Unidos apoiam fortemente os esforços do presidente interino, Juan Guaidó.

O presidente Nicolás Maduro determinou o fechamento da fronteira da Venezuela com o Brasil, em Pacaraima (RR) na semana passada.
Guaidó no Brasil 

Na quinta-feira (28), o autodeclarado presidente da Venezuela, Juan Guaidó, se reuniu com o presidente Jair Bolsonaro, lideranças do Congresso e diplomatas da União Europeia. Nesta sexta-feira (1º), Guaidó embarcou para o Paraguai, onde participa de uma reunião com o presidente Mario Abdo Benítez.

Em Brasília, Guaidó disse que pretende anistiar militares e civis do país que atualmente são leais ao governo de Nicolás.

Fronteira entre Brasil e Venezuela permanece fechada
Foto: Wilson Dias/Agência Brasil

“Violações aos direitos humanos não são anistiáveis. Isso não está no cenário. Temos plena consciência que, para gerar governabilidade, de gerar garantias, aos setores, é parte de um processo muito complexo que está vivendo o povo da Venezuela.

A violação de direitos humanos e perseguição geram cicatrizes na sociedade.”

Durante o discurso, ele também rejeitou qualquer diálogo com Nicolás Maduro que não esteja vinculado à realização de eleições livres no país.

“Não se pode, neste momento, falar de um falso diálogo sem condições para poder produzir uma eleição realmente livre na Venezuela”, afirmou Guaidó, informando que todas tentativas de diálogo em torno de uma transição democrática falharam nos últimos anos e que não tem havido processos eleitorais democráticos no país.

*Com informações das agências


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