Vacinação começa após a Anvisa autorizar o uso emergencial da CoronaVac e da Oxford. Estados vão receber 6 milhões de doses da vacina. Enfermeira de SP foi a primeira pessoa vacinada no Brasil
O Ministério da Saúde começa a distribuir, nesta segunda-feira, 18, quase 6 milhões de doses da CoronaVac para todos os estados e o Distrito Federal. Os estados poderão iniciar as campanhas de vacinação a partir das 17h (horário de Brasília).
Das 6 milhões de doses, 4.636.936 serão enviadas aos estados brasileiros. As outras 1.357.640 serão distribuídas no estado de São Paulo, segundo o governo estadual.
Os primeiros voos sairão de São Paulo para o Distrito Federal e para as capitais de dez estados: Acre, Amapá, Amazonas, Ceará, Goiás, Mato Grosso do Sul, Piauí, Rondônia, Roraima e Santa Catarina.
A distribuição das vacinas será feita com aviões da Força Aérea Brasileira (FAB) e caminhões com áreas de carga refrigeradas. As companhias aéreas Azul, Gol, Latam e Voepass também farão o transporte gratuito das caixas de vacinas para todos os estados que necessitem de transporte aéreo.
Depois que as vacinas forem entregues aos estados. Os governos estaduais serão responsáveis por levar as vacinas até os municípios, em parceria com o Ministério da Defesa.
Anvisa autoriza vacina no Brasil
A CoronaVac foi desenvolvida pelo laboratório chinês Sinovac e, no Brasil, será produzida pelo Instituto Butantan, em São Paulo. O uso emergencial da vacina foi aprovado pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) no domingo, 17. A agência também aprovou o uso emergencial da vacina de Oxford.
Primeira dose da vacina no Brasil
Mônica Calazans, enfermeira de 54 anos, há oito meses na linha de frente do combate ao coronavírus no Hospital Emílio Ribas, foi a primeira brasileira a receber uma vacina contra a covid-19 no Brasil.
Ela foi imunizada neste domingo, 17, no Hospital das Clínicas de São Paulo, logo após a decisão da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) de autorizar o uso emergencial da Coronavac e da vacina de Oxford no país.
“Tenho orgulho de ser enfermeira da UTI do Emílio Ribas. Espero que a população acredite na vacina. Falo isso como brasileira, mulher e negra. Vamos pensar em quantas pessoas e quantas famílias perdemos, eu quase perdi um irmão para covid-19. É isso que a gente estava esperando para poder voltar à vida normal”, disse ela logo após ter sido vacinada.
*Com informações do G1 e agências