24.4 C
Vitória
quinta-feira, 18 abril 2024

Universidade Federal do ES adota banheiros transgêneros

Foto: Reprodução

“A questão do banheiro é biológica, não de orientação sexual. Como vamos proteger as meninas de abusos?”, perguntou um servidor

Por Patricia Scott 

O Centro de Educação da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) adotou a utilização de banheiros transgêneros. A nova medida foi aprovada em setembro de 2021. No entanto, começou a ser praticada no final de abril, com o retorno das aulas presenciais da faculdade.

Com a nova resolução fica permitido o uso dos banheiros feminino e masculino por qualquer estudante que se declare homem ou mulher. Na prática, com a mudança, um homem biológico autodeclarado transexual, pode utilizar o banheiro feminino. Da mesma forma, uma mulher biológica trans, está liberada para usar o banheiro masculino.

O Conselho Departamental do Centro de Educação da Ufes afirmou que a resolução tem o objetivo de “garantir o uso de banheiros, vestiários e demais espaços segregados por gênero nos prédios do Centro de Educação conforme o gênero que pessoas transexuais, travestis e transgêneros se reconhecem, não devendo ser imposto o uso deste ou daquele conforme o sexo biológico, mas respeitada a escolha de acordo com a identidade de gênero”.

- Continua após a publicidade -

A partir da determinação da nova medida, cartazes, informando sobre a mudança, foram colocados nos banheiros. Também ficou estabelecido que servidores e funcionários terceirizados recebam formação para garantir o respeito ao nome social e a identidade de gênero de pessoas transexuais, travestis e transgêneros. A assessoria de imprensa da Ufes informou que a faculdade já promoveu formação em encontros sobre a diversidade sexual.

No entanto, professores e servidores contrários à resolução ressaltaram que a mudança não foi feita com a discussão da comunidade acadêmica. Segundo eles, a medida afeta, principalmente, as mulheres. “A questão do banheiro é biológica, não de orientação sexual. Como vamos proteger as meninas de abusos?”, perguntou um servidor. Vale destacar que por medo de retaliações ou ações judiciais, parte da comunidade da faculdade que é contra a mudança tem permanecido em anonimato.

A Campanha pelos Direitos Humanos das Mulheres alertou para o risco que mulheres enfrentam com a adoção de banheiros transgêneros. “É impossível comprovar que um indivíduo tenha ou não uma ‘identidade de gênero’; não há exames para atestar isso”. 

A representação frisou ainda que defende o direito de todo ser humano a viver sem violência e, obviamente, inclui indivíduos que não aceitam o próprio sexo biológico e que se sentem constrangidos ou ameaçados nos espaços do próprio sexo. “Porém, a solução não é transferir esse mesmo constrangimento e sensação de ameaça para as meninas e mulheres”.

Segundo organizações pela proteção da mulher, são inúmeros os casos de homens que se aproveitam dessa política. Eles fingem uma orientação sexual para cometer abusos.

Com informações Gazeta do Povo 

Entre para nosso grupo do WhatsApp

Receba nossas últimas notícias em primeira mão.

- Publicidade -

Matérias relacionadas

Publicidade

Comunhão Digital

Publicidade

Fique por dentro

RÁDIO COMUNHÃO

VIDA E FAMÍLIA

- Publicidade -