No momento em que o Brasil acompanhava perplexo milhares de famílias enlutadas, devido à pior catástrofe ocorrida no RS, na orla de Copacabana o poder público financiava o maior palco de festa pornô
Pastor Romerito Oliveira
A apresentação de Madonna em Copacabana, no último fim de semana, foi um legítimo show de horrores, com condutas criminosas, promíscuas e vergonhosas, patrocinado com verba pública pela Prefeitura e pelo Governo do Rio de Janeiro. Uma demonstração evidente do contraste ético-moral no país, que, entorpecido, assistiu silente à destruição dos seus princípios e valores intrínsecos, enquanto corpos boiavam na catástrofe gaúcha.
No momento em que o Brasil acompanhava perplexo milhares de famílias enlutadas, sofrendo perdas devastadoras devido à pior catástrofe ocorrida no Rio Grande do Sul, na orla de Copacabana o poder público financiava o maior palco de festa pornô já registrado publicamente no país. Vale mencionar, também, as inúmeras violações à dignidade humana de crianças, sem qualquer proteção à vulnerabilidade infantil, que, acompanhadas de seus pais, foram expostas à pornografia explícita em praça pública, com a complacência e omissão das instituições públicas.
Tudo regado e subsidiado com erário público, que, ao custo de 60 milhões de reais, envolvendo recurso público, segundo informou o jornal Valor, o “espetáculo pornográfico” apresentou-se para satisfazer a lascívia em ultraje público ao pudor mediante a presença de crianças e adolescentes, configurando criminalmente conduta de diversos tipos penais, entre os quais o do art. 218-A, art. 234 – § único, inciso II, e art. 247 (Crime de satisfação de lascívia, Ato obsceno e abandono intelectual), sem mensurar os crimes de injúria qualificada por preconceito religioso do art. 140, § 3º, intolerância religiosa, além de vilipendiar publicamente ato e objeto de culto religioso, ambos capitulados como crimes previstos no Código Penal, que, somando as penas, poderiam ultrapassar 10 anos de prisão aos responsáveis.
O show de horrores seguiu com exibições profanas de símbolos cristãos e ocultistas em um telão com simulações de sexo, amparado com recurso público, para a vergonha e para a tristeza do Brasil, que testemunhava estarrecido o contraste entre a empolgação de políticos e artistas no evento, assistindo a Madonna sendo masturbad@, e a dor dos gaúchos por causa tragédia ocorrida pelas inundações no Rio Grande do Sul. Um verdadeiro “espetáculo” histórico de crimes e promiscuidade, com a conivência das autoridades, festejando seu pecado em meio ao sofrimento da população.
Romerito Oliveira é Pastor presidente da Assembleia de Deus – Ministério Atos, Advogado, Professor, Pós Graduado e Presidente da FENASP/ES.