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terça-feira, 16 abril 2024

Um “ensaio” para a chegada da perseguição religiosa no Brasil?

Residencial Forquilinha onde foi lavrado um BO. pela PM de Santa Catarina.

Com a pandemia do Covid-19 e o decreto da quarentena, muitas autoridades estão se excedendo na hora de cumprir com suas obrigações.

Por Cris Beloni

Na última quinta-feira, em Santa Catarina, no bairro de Forquilhinha, um culto doméstico de apenas 5 pessoas foi interrompido por policiais locais, que alegaram que o pequeno grupo estava “infringindo o decreto de 18 de março – 515/2020” emitido pelo governador do Estado, Carlos Moisés da Silva.

Segundo o decreto, no Artigo 3º “Ficam suspensos, em todo território catarinense, pelo período de 30 (trinta) dias, eventos e reuniões de qualquer natureza, de caráter público ou privado, incluídas excursões, cursos presenciais, missas e cultos religiosos.”

A Polícia Militar informou que a interrupção era necessária para não promover uma aglomeração de pessoas e evitar a disseminação da Covid-19, doença provocada pelo novo coronavírus.

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No boletim de ocorrência emitido pela PM diz que “cinco pessoas da mesma família estavam orando dentro de sua casa, no Residencial Forquilhinha, mas interromperam as orações e não sabiam que o decreto estadual proibia cultos dentro da própria residência”.

Boletim de Ocorrência PMSC
Boletim de ocorrência registrado pela PM de Santa Catarina

A família foi aconselhada a parar o culto. O ocorrido despertou a população a refletir se essa ação se enquadra em abuso de autoridade. Por outro lado, líderes cristãos já estão se manifestando, apontando para um possível “ensaio para a chegada da perseguição religiosa” no Brasil.

Protestos

A psicóloga e ativista cristã, Marisa Lobo, protestou através de suas redes sociais. “Veja como estão se aproveitando do coronavírus para perseguir a igreja evangélica”, disse. Ela acredita que “quando uma pessoa tem o discernimento de Deus, ela consegue enxergar além”, e citou o pastor Silas Malafaia, que foi um dos primeiros a fazer o alerta.

“Há governadores ‘comunistas’ se aproveitando da situação. A preocupação deles não é com o coronavírus ou com a população, eles querem penalizar a igreja, as pessoas que têm valores iguais aos do presidente da República e que o elegeram”, sinalizou.

Além disso, a psicóloga avisou que em diversas cidades há o toque de recolher às 20hs. “Estão obrigando a população a ficar dentro de casa e agora não pode nem mais orar? Em Paranaguá e Araucária, no Paraná, também estão fazendo isso e passando dos limites. Há vários casos no Brasil inteiro. Que isso, uma ditadura?”, questionou.

Igreja é refúgio

“A igreja nessa hora é uma agência da saúde emocional, tão importante quanto os hospitais. As pessoas estão em pânico, apavoradas. E a igreja é um refúgio”, disse Malafaia um pouco antes da quarentena.

Há poucas horas, ele também se manifestou sobre o culto doméstico interrompido em Santa Catarina. “Afrontou a Constituição e a lei federal”, disparou. O próprio presidente, Jair Messias Bolsonaro, fez um decreto mostrando que o trabalho das igrejas também tem utilidade essencial. Segundo Malafaia, a ordem do governador é uma violação de preceitos constitucionais.

O pastor também lembrou que muitas pessoas estão se reunindo até para ouvir música dentro de casa. Só orar que não pode?

Marisa Lobo responde exclusivamente à Revista Comunhão:

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