As ameaças acontecem a semanas da comemoração do “Purim”, um feriado que o povo judeu destina para homenagear a rainha Ester e Mordecai
Um grupo iraniano está ameaçando destruir o antigo local de sepultamento da rainha Esther e Mordechai, em Hamadã, Irã. Para os judeus, local é de grande importância. Isso ocorre em retaliação ao plano de paz israelense-palestino do presidente Donald Trump, chamado: “Acordo do século”.
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No início de fevereiro, o grupo Basij, ala estudantil do Corpo da Guarda Revolucionária Islâmica, divulgou um comunicado ameaçando demolir a tumba e substituí-la por um consulado palestino.
“Avisamos os Estados Unidos e o regime sionista, que o primeiro ato de realizar seus desejos imundos e o menor ataque à Palestina e ao santo al-Quds (Jerusalém) significa que eles não ocuparão mais um lugar como o túmulo de Ester. Vamos transformá-lo em um consulado da Palestina e você verá o cumprimento desta promessa”, disse a declaração.
Ali Malmir, oficial de turismo da província, disse ao site de notícias ISNA do Irã em 7 de fevereiro, que não é possível demolir a tumba. E existem regras específicas para edifícios do patrimônio cultural que não podem ser violadas.
O chefe do grupo Basij em Hamedan, Tayeb Frydras, respondeu à declaração de Malmir. “O Irã deve mostrar seu poder e que os direitos palestinos são mais importantes do que proteger os locais culturais judeus”, declarou Tayeb.
Localização do Túmulo
Invasão
A Aliança pelos Direitos de Todas as Minorias no Irã (ARAM), um grupo de vigilância com sede nos EUA que monitora os direitos das minorias no Irã, informou que o grupo de estudantes Basij tentou invadir a tumba em Hamadã no último sábado.
A ARAM informou que as “autoridades iranianas” se juntaram ao grupo Basij pedindo a destruição da tumba. No entanto, a declaração não pode ser verificada imediatamente.
A Comissão de Liberdade Religiosa Internacional dos EUA disse em comunicado no Twitter que está “perturbada” pelas ameaças à tumba de Esther e Mordechai. Ela também enfatiza “responsabilidade do governo iraniano de proteger locais religiosos”.
Jonathan Greenblatt, chefe da Liga Anti-Difamação, classificou os relatos de “nojentos”. Ainda mais porque o povo judeu está a semanas de comemorar Purim, um feriado dedicado a homenagear Esther e Mordechai. “Pessoas de todas as religiões devem falar antes que essa profanação ocorra”, disse ele.
It’s disgusting that the Iranian government would violate a sacred Jewish site to press their political agenda. With less than a month before #Purim, people of all faiths should speak out before this desecration takes place. https://t.co/pJ69Migo2N
— Jonathan Greenblatt (@JGreenblattADL) February 16, 2020
*Com informações de CBN News