Corte iraniana rejeita apelação e mantém penas severas contra fiéis acusados de atividades religiosas e conexões com igrejas estrangeiras
Por Patricia Scott
Um tribunal de apelação em Teerã, capital do Irã, manteve as sentenças de prisão impostas a cinco cristãos convertidos do Islã, rejeitando seus recursos e confirmando acusações de “propaganda contrária à lei islâmica”. A decisão foi proferida em 30 de setembro pela 36ª Seção do Tribunal de Apelação de Teerã.
Os condenados — Hessamuddin Mohammad Junaidi, Abolfazl Ahmadzadeh-Khajani, Morteza Faghanpour-Saasi e outros dois cristãos não identificados — haviam sido sentenciados em julho de 2025. Todos foram detidos em junho de 2024 nas cidades de Varamin e Pishva, ao sul da capital, e posteriormente levados à Prisão de Evin, conhecida por abrigar presos políticos e religiosos.
Segundo relatos, os detidos foram pressionados a renunciar à fé cristã em troca de penas mais brandas. Um deles, Morteza Faghanpour-Saasi, teria sido submetido a tortura física durante o interrogatório.
Cada um dos réus recebeu sete anos e meio de prisão por suposta “atividade de propaganda contrária à lei islâmica devido a conexões no exterior” e mais sete meses por “propaganda contra o sistema”. Além disso, Morteza foi condenado a 17 meses adicionais por alegadas ofensas ao Líder Supremo do Irã em redes sociais.
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A decisão ocorre semanas depois de o Supremo Tribunal do Irã também negar um novo julgamento a Mehran Shamloui, outro cristão convertido condenado a 10 anos de prisão por participar de uma igreja doméstica. O pais islâmico ocupa a 9ª posição na Lista Mundial da Perseguição (LMP) 2025, da Missão Portas Abertas, que destaca as 50 nações mais violentas para os cristãos.
Organizações de direitos humanos denunciam que cristãos de língua farsi são frequentemente classificados como “apóstatas” e inimigos do Estado, enfrentando perseguição sistemática e acusações de ameaçar a segurança nacional simplesmente por exercerem sua fé. Com informações Barnabas Aid
