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quinta-feira, 28 março 2024

Tráfico: Justiça bloqueia bens e PF busca líderes de quadrilha que lava dinheiro

PF
Foto: Reprodução

Agentes cumprem 21 mandados de prisão – 16 preventivas e cinco temporárias – e 67 mandados de busca e apreensão no Distrito Federal

A Polícia Federal (PF) deflagrou na manhã desta quinta-feira, 27, com o apoio do Departamento Penitenciário Nacional e da Receita Federal, a Operação Pavo Real, para “desmantelar financeiramente” uma organização criminosa dedicada à lavagem e ocultação de bens e valores do tráfico internacional de drogas. A ação visa prender os líderes da quadrilha e sequestrar os bens do grupo que seria ligado a Jarvis Gimenes Pavão, apontado pela corporação como um dos cinco maiores traficantes do Brasil.

Agentes cumprem 21 mandados de prisão – 16 preventivas e cinco temporárias – e 67 mandados de busca e apreensão no Distrito Federal e em quatro Estados: Rondônia, Mato Grosso do Sul, São Paulo, Santa Catarina. As ordens foram expedidas pela 3ª Vara da Justiça Federal em Rondônia, que ainda converteu as prisões temporárias de outros cinco investigados em domiciliar, em razão de suas idades e por possuírem filhos menores.

Segundo a PF, a Justiça Federal determinou o bloqueio de mais de R$ 302 milhões das contas de 96 investigados, entre pessoas físicas e jurídicas, além da suspensão da atividade comercial de 22 empresas utilizadas pela quadrilha para movimentar os valores ilícitos.

O juízo da 3ª Vara de Rondônia ainda determinou o sequestro 17 veículos de luxo avaliados em mais de R$ 100 mil cada – alcançando, somados um valor aproximado de R$ 2,3 milhões – e de cerca de 50 imóveis avaliados em mais de R$ 50 milhões. Além deles, dezenas de outros imóveis e veículos registrados em nome de membros da organização criminosa também são alvos das medidas constritivas.

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As investigações tiveram início em fevereiro de 2019 para identificar a ocultação de bens e a movimentação de valores por um dos internos da Penitenciária Federal de Porto Velho (RO), com “vasto histórico criminal e condenações pelos crimes de tráfico de drogas, associação para o tráfico, lavagem de dinheiro e posse ilegal de arma de fogo”. Trata-se de Jarvis Gimenes Pavão, apontado pela PF como um dos cinco maiores traficantes do Brasil.

A Polícia Federal então identificou uma organização criminosa voltada para a ocultação do patrimônio obtido com o tráfico internacional de drogas. O grupo é composto, em grande parte, pelos familiares do interno, incluindo a esposa, mãe, padrasto, filhos, genros, irmãos e sobrinhos, segundo a PF, sendo que todos tiveram prisões decretadas.

“Agentes Federais de Execução Penal apreenderam, na cela do interno, na Penitenciária de Porto Velho, bilhetes redigidos de próprio punho, o que foi posteriormente confirmado por perícia grafotécnica, contendo anotações de diversos imóveis identificados apenas por siglas e codinomes, tanto no Brasil quanto no exterior”, afirmou a PF em nota.

De acordo com a corporação, com a liderança exercida pelo Pavão e seu filho, “os investigados se associaram para controlar o tráfico internacional de drogas na fronteira entre o Mato Grosso do Sul e o Paraguai, em uma “guerra” contra facções e organizações rivais”.

Em junho de 2019, a Polícia Federal deflagrou a primeira fase da operação, fazendo buscas em imóveis de alto padrão, alugados pelos familiares do interno em Porto Velho. Na ocasião, os agentes apreenderam armas, munições e diversos documentos e equipamentos eletrônicos que reforçaram os indícios do esquema de lavagem. Os criminosos passaram a residir nos imóveis em questão com o intuito de facilitar as visitas à Penitenciária Federal, diz a corporação.

A PF informou que o nome da operação faz referência ao codinome de Jarvis Gimenes Pavão, “mundialmente conhecido pelo seu envolvimento com o tráfico internacional de drogas e armas”. Preso no Paraguai, ele foi extraditado para o Brasil em dezembro de 2017 para cumprir pena de 17 anos e 8 meses. Desde que chegou ao País, já passou por diferentes presídios federais, estando atualmente custodiado na unidade do DEPEN em Brasília.

Com informações da Agencia Estado.

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