O Ministro do Supremo, Gilmar Mendes é contra investigação de Temer. Afirmação vem um dia depois de a procuradora-geral da República, Raquel Dodge pedir ao STF a inclusão do presidente na investigação.
A investigação apura pagamento de propina na Secretaria de Aviação Civil. A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, quer incluir o presidente Michel Temer em um inquérito que apura se a Odebrecht pagou R$ 10 milhões em propina para que seus interesses fossem atendidos na Secretaria de Aviação Civil. O pedido foi feito ao Supremo Tribunal Federal (STF).
Os ministros da Casa Civil, Eliseu Padilha, e da Secretaria-Geral da Presidência, Moreira Franco são investigados no inquérito. O ex-procurador-geral da República, Rodrigo Janot, havia excluído Temer do inquérito por considerar que o presidente não poderia ser investigado por crimes cometidos antes de seu mandato.
Raquel Dodge diz que a “apuração dos fatos em relação ao presidente da República não afronta a Constituição”. A PGR pediu que as investigações sejam prorrogadas por mais 60 dias.
Segundo o órgão, “há inúmeros exemplos de situações indesejáveis que podem ser causadas pelo decurso do tempo, como o esquecimento dos fatos pelas testemunhas, o descarte de registros, a eliminação de filmagens, entre outros, a ocasionar, desnecessariamente, o que a doutrina denomina de prova difícil”.
Na contra mão
Nesta quarta-feira (28), o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes declarou que o presidente Michel Temer não seja investigado por crimes ocorridos antes do seu mandato. “Faz sentido que não seja sequer investigado, para não ter perturbação e dar uma imunidade ao presidente em relação a fatos anteriores”, declarou o magistrado ao blog da jornalista Andréia Sadi.
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