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quinta-feira, 28 março 2024

Tecnologia é utilizada para perseguição aos cristãos ao redor do mundo

Cristãos são cada vez mais vigiados com a utilização da tecnologia - Foto: Ilustrativa/Reprodução

Especialista afirma que “todas as formas de perseguição digital estão crescendo a um ritmo assustador”, Saiba mais!

Por Patricia Scott

As minorias religiosas podem deixar de existir em meio à crescente perseguição cibernética, segundo Portas Abertas. Novo relatório da instituição missionária aponta que a tendência pode se espalhar ao redor do mundo, caso os governos democráticos não agirem imediatamente.

O documento adverte que há um aprimoramento cada vez mais intenso da “opressão tecnológica” contra os cristãos, seja na forma de vigilância e censura. O relatório pede ao governo do Reino Unido que reconheça a perseguição digital e aborde o fenômeno com urgência.

Como acontece a perseguição?

Um cenário evidenciado de “autoritarismo digital” é realidade na China. No país asiático, as mídias sociais são monitoradas, postagens são bloqueadas. Há punição ou cancelamento para aqueles que visitam determinados sites.

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As notícias são filtradas, sem contar que as divulgadas carregam conteúdo ideológico e, muitas vezes, com forte tom nacionalista. O Partido Comunista Chinês tem investido na doutrinação dos jovens, que utilizam a internet.
“Com o tempo, a censura altera as opiniões da população”, revela o relatório da Portas Abertas. A instituição informa ainda que cada vez é mais difícil comprar materiais cristãos on-line, na China.

“Os aplicativos da Bíblia foram removidos das lojas de aplicativos on-line, incluindo as lojas de aplicativos do Google e da Apple”, divulgou Portas Abertas.
Outras localidades

A África e a Índia também são exemplos de países que utilizam de aparato tecnológico para reprimir as minorias religiosas. Em todo o mundo, nos locais mais críticos de perseguição, as mídias sociais são ferramentas para disseminar desinformação, como ainda notícias falsas sobre comunidades religiosas minoritárias. Elas são “demonizadas”, e o reflexo dessa postura é a violência e a opressão.

“Isso tem sido fundamental para estimular a violência da multidão contra minorias cristãs e muçulmanas em vários estados da Índia, por exemplo”, informa Portas Abertas.
Em Mianmar, circularam acusações on-line de cristãos sendo os responsáveis pela pandemia. As informações afirmam que os seguidores de Jesus espalharam o vírus da Covid-19 pelo país. Geralmente, apontam para os cultos e também as reuniões da Igreja.

Situação grave

David Landrum, diretor de Advocacia e Mídia da Portas Abertas, na Irlanda, ressaltou que multidões e grupos terroristas em todo o mundo estão fazendo uso de plataformas digitais para fortalecer o controle sobre as minorias religiosas. “O mais chocante de tudo é que os governos estão fechando os olhos para isso ou até mesmo incentivando ativamente o comportamento opressivo violento”.

Landrum salientou que é vital que governos e empresas de tecnologia entendam a gravidade da situação. Segundo ele, o relatório também recomenda que as empresas de tecnologia digital sejam solicitadas a resistir às demandas de regimes autoritários para censurar seus serviços.

O documento pede o estabelecimento de um padrão internacional em torno do desenvolvimento e exportação de tecnologia de vigilância, Isto para que os direitos das minorias religiosas sejam protegidos. As plataformas de mídia social são chamadas para combater a desinformação e remover incitações ao ódio contra minorias religiosas.

“Todas as formas de perseguição digital estão crescendo a um ritmo assustador”, observou Landrum. Ele enfatizou que é necessário derrotar a perseguição digital no sentido de evitar no futuro sérias dificuldades.

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