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terça-feira, 19 março 2024

Sustentabilidade Social

A sustentabilidade social é um conjunto de ações que visam melhorar a qualidade de vida da população.

Ultimamente, tenho trabalhado, muito mais fora dos espaços que nós costumamos chamar de ‘igreja’, do que paparicando aqueles que já deviam estar se deleitando com boas ‘feijoadas espirituais’, e que, ao contrário, têm insistentemente dependido das viciadas ‘mamadeiras’ dominicais. Isto acontece num momento em que sou levado a refletir temas como ‘igreja relevante’ e ‘missão integral da igreja’.

E, acabei por me lembrar de que já debati um dia sobre os dois braços da igreja, o ‘braço da fé’ e o ‘braço das obras’ – ver Tg 2.26, que diz que ‘a fé sem obras é morta. Ou seja, quando nos convertemos, é comum que nos divorciemos de tal modo daquele mundo do qual éramos parte, para viver num mundo novo, demonizando e abandonando tudo o que compunha as nossas realidades de até então, como se nada daquilo fosse mais problema nosso.

Esta visão, muitas vezes, nos aprisiona apenas em ações internas, praticadas exclusivamente dentro das quatro paredes da religiosidade, como se houvéssemos nos tornado uma sociedade fechada de cooperação mútua, uma espécie de ‘cooperativa gospel’. Isto atrofia o ‘braço das obras’ e causa o abandono daqueles que vivem em nosso ‘antigo mundo’.

Quando nos convertemos, é comum que nos divorciemos de tal modo daquele mundo do qual éramos parte, para viver num mundo novo, demonizando e abandonando tudo o que compunha as nossas realidades de até então, como se nada daquilo fosse mais problema nosso.

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Em 1974, Billy Graham e John Stott lideraram um movimento, que produziu o documento conhecido como Pacto de Lausanne, em alusão à cidade suíça onde se realizou o Congresso Mundial de Evangelização, com a presença de 2700 pessoas, de 150 nações. Este Pacto debateu questões importantes quanto ao papel da igreja, das quais cito o item 5, que trata da Responsabilidade Social Cristã. Sugiro que você pesquise sobre isto na internet.

Por conta disto, fui conhecer a conceituação sobre Sustentabilidade Social e li que ‘se refere a um conjunto de ações que visam melhorar a qualidade de vida da população, e que estas ações devem servir para a diminuição das desigualdades sociais, para ampliar os direitos e garantir acesso aos serviços que visam possibilitar a que esta população tenha acesso pleno à cidadania’. Isto também é redenção.

Quando lemos sobre ‘tive fome e não me destes de comer’, podemos refletir do que já nos sugeriu Anderson Silva, numa conferência realizada recentemente em Vitória – ES, revelando que dízimos não são apenas uma questão financeira, e que médicos provavelmente pudessem dizimar parte do seu tempo de consultório para ministrarem consultas gratuitas à comunidade, advogados talvez pudessem praticar um pouco mais o pro bono, engenheiros, administradores, motoristas, estudantes e demais cristãos poderiam doar parte do seu tempo mensal para a distribuição de gentilezas e atos de generosidade em prol de uma sociedade com vistas à melhor sensação de bem estar e na pavimentação do caminho da busca pela justiça social.

Estas coisas me empolgam, já que atuo com um bando de cinquenta voluntários, na Rede Amor e Compaixão, tocando exatamente nesta parcela fragilizada da sociedade. E, quanto nós temos aprendido e ouvido depoimentos do quanto vale a pena dar justa função ao nosso ‘braço das obras’, afinal de contas Gentileza Gera Gentileza, como já disse um dia José Datrino, o Profeta Gentileza! Mas, eu voltarei com este tema noutra ocasião.

Nisto pensai!

João Carlos Marins é pastor e especialista no tema responsabilidade social


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