Eles distribuem a “Bíblia dos Surfistas” ao mostrar que a conexão com a natureza pode ser transformada em relacionamento com Deus
Por Patricia Scott
No extremo sul da Costa Rica, o distrito de Pavones tem se destacado não apenas por ser um dos locais com as maiores ondas do mundo, mas também pelo crescimento de uma comunidade de surfistas unida pela fé. A proposta dos “Christian Surfers” é atuar como uma ponte entre a praia e a igreja. Além disso, eles distribuem a chamada “Bíblia dos Surfistas” nas regiões onde têm influência.
“Quando você fala para os surfistas irem à igreja, eles imaginam bancos, vitrais e órgãos. Não estamos tentando fazer proselitismo em massa, mas queremos ser irmãos deles, amá-los, surfar com eles. Muitos estrangeiros buscam experiências espirituais com a ayahuasca, mas por que não encontrar o Senhor no mar?”, afirmaram os líderes do movimento.
O grupo acredita que os surfistas formam uma subcultura única, que pode ser melhor atendida por outros surfistas que compartilham a paixão pelas ondas e o estilo de vida. Por isso, eles tentam preencher a lacuna entre a conexão que os surfistas sentem com a natureza, uma busca espiritual até reconhecida por céticos, e mostrar a eles como essa experiência está a um passo de se transformar em um relacionamento com Deus.


Os “Christian Surfers”, grupo com aproximadamente 175 filiais em mais de 35 países, como Japão, Noruega e Estados Unidos, agora inclui também a Costa Rica. Na cidade, a rua principal leva o nome de “Perfect Waves” [“Ondas Perfeitas”].
Em Pavones, o movimento agradece ao americano Chandler Brownlee, um dos principais responsáveis pela expansão do movimento na região. Natural da Flórida, ele tem 52 anos, é pai de três filhas, amante da vida selvagem e ex-ministro batista. Para Brownlee, “mesmo que você pegue a onda perfeita, pode se sentir vazio por dentro. E isso abre uma oportunidade para Deus entrar.”
Missão desafiadora
Fundado na Austrália no final dos anos 1970, o objetivo era combater a discriminação que seus membros enfrentavam, tanto nas ondas quanto na igreja. Eles eram rejeitados pela igreja devido às tatuagens, chinelos e o estereótipo de sexo, drogas e rock and roll. Ao mesmo tempo, havia também certo preconceito contra a igreja, já que os surfistas viam os fiéis como conservadores e antiquados.
Para atingir a missão, “Christian Surfers” utilizam como métodos: conectar, discipular, servir, fazer parcerias e equipar. Além disso, um devocional semanal é disparado para os participantes da comunidade de fé. O slogan do movimento é: “Juntos Somos uma Família e uma Missão”.
“Nós convidamos você a se juntar a nós em uma busca vitalícia de construir o Reino por meio deste chamado muito especial de Surfistas Cristãos. Temos a oportunidade de ajudar a transformar vidas de uma forma eterna, e você tem o poder dado por Deus para adicionar combustível a este fogo… para compartilhar o amor de Jesus com cada surfista e cada comunidade de surfe!”, desafiam os líderes dos “Christian Surfers”. Com informações Evangelical Digital