Na quarta-feira, 04, o Supremo Tribunal Federal (STF) irá decidir sobre o reconhecimento da união entre gays como uma “entidade familiar”. Se for aceito, será garantido aos homossexuais todos os direitos garantidos à união entre homem e mulher. Na ocasião, os ministros discutirão sobre a garantia de direitos fundamentais, como igualdade, e a forma como os poderes Legislativo e Judiciário têm tratado o casamento gay.
O deputado federal Jean Wyllys (PSOL-RJ), defensor dos direitos dos gays, afirmou que está esperançoso com o resultado. “Todas as decisões favoráveis de juízes em prol da união estável e da adoção de crianças (por parte de casais gays) mostram que o Judiciário está à frente do Legislativo no sentido de estender a cidadania ao conjunto da população. Estou muito esperançoso”, pontuou.
O deputado, que conseguiu 70 assinaturas para propor a mudança da constituição, lamenta que a lei exclua da proteção do estado casais de pessoas do mesmo sexo. “Não é um assunto fácil. É um debate quase sempre apaixonado e eivado de muita ignorância. A decisão do Supremo, caso seja for favorável, ajuda”, completou.
As igrejas evangélicas têm lutado contra o projeto de lei, por ir de encontro aos valores bíblicos defendidos na instituição. O Pr. Silas Malafaia pede a liderança e às igrejas em geral que encaminhem a seguinte mensagem aos ministros do STF: “Relação homoafetiva não é entidade familiar. Vote contra essa lei inconstitucional”.
O pastor afirmou que o que está em jogo é a família, que ele intitula célula mater da sociedade. “Não se trata apenas de defender os princípios bíblicos, mas de apregoar o que prevê a Constituição Federal, a qual reconhece como entidade familiar a união estável entre homem e mulher. Não adianta só orarmos enquanto temos de agir”, declarou.