Após vencer o câncer de mama, uma mulher cristã participou de uma corrida ao lado da filha. O Desafio Superação, em prol do Outubro Rosa mobilizou mais de 1.700 mulheres de todo o Brasil
História de superação de quem venceu o câncer. Quando descobriu que tinha câncer de mama, há pouco mais de um ano, Neuza Bená sentiu que ali era o fim. O choro foi a reação imediata e por um momento o mundo parecia ter desabado sobre seus ombros.
Ela fazia parte da estatística do Instituto Nacional do Câncer (Inca) que previu, em 2019, o número de 60 mil casos de mulheres com este tipo de câncer. “Fazendo o toque percebi um nódulo. Imediatamente procurei a Unidade Básica de Saúde do bairro”, relembra.
Neuza, que é da igreja Adventista, fez o exame de mamografia e soube que estava com câncer de mama. Precisaria passar por uma cirurgia. O médico também alertou para o longo tratamento que estava por vir.
Durante um ano, Neuza ficou afastada do trabalho e, além da cirurgia, foi submetida a 18 sessões de radioterapia. Seu caso não necessitaria da quimio e, atualmente, o médico garante que Neuza não tem problema algum. Porém, precisa de três em três meses continuar o acompanhamento, durante cinco anos.
Corrida Superação
Neuza aproveitou a corrida que aconteceu neste domingo (18) para superar a si mesma. Ela se inscreveu no Desafio Superação, promovido pela Igreja Adventista. Entendeu que sua vida poderia servir de exemplo para outras mulheres.
“Quando você está com a doença, não é ali que o mundo acaba. Você tem que ter forças e incentivar a outras mulheres pra que elas façam o toque, vão ao médico e participem da corrida”, enfatiza.
Neuza se juntou ao grupo de 1.700 mulheres, de várias partes do Brasil, que participara, da corrida, em prol da campanha Outubro Rosa, de combate ao câncer de mama.
“A igreja entendendo que o corpo é o tempo do Espírito Santo, o corpo deve estar em boas condições. O que só é possível quando se cuida da saúde. Ações como essa proporcionam e incentivam outros membros a praticarem exercício físico”, afirma Luís Mário de Souza, presidente da IASD para a região centro-norte capixaba.
Exemplo
Neuza não encarou o desafio sozinha. A filha, Elayne Bená, que também está em tratamento com câncer, mas de linfoma de Hodgki, que atua no sistema imunológico do corpo, também participou da corrida. Elayne vê a mãe como exemplo de superação.
“Toda a força que ela teve quando passou pelo tratamento dela, em mim também foi a mesma coisa. Então ela me deu forças e me ajuda muito. Por causo disso, tenho tido minhas caminhadas, alimentação saudável, tendo cuidado”, explicou.
Livros missionários
O grupo também realizou a distribuição de livros missionários numa ação que revela a preocupação dos adventistas capixabas na saúde física e emocional dos indivíduos. A fala da líder do Ministério da Mulher para a região, Jeanete Souza, conversa diretamente com a reflexão proposta acima.
Ela fala em unidade do corpo ao explicar que a pandemia levou a igreja a se reinventar para continuar motivando seus membros a cuidarem da saúde em todos os aspectos elencados.
“Por ter sido a primeira vez, uma corrida virtual, algo totalmente desconhecido, a mulherada abraçou, comprou a ideia. E o resultado está aí, mais de 370 mulheres, correndo, caminhando, cuidando do corpo, da mente e do Espírito”, garante.
