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sexta-feira, 19 abril 2024

Suicídio na juventude!

Tratado como tabu, o tema ganhou visibilidade por conta dos recentes suicídios de estudantes em colégios privados da elite paulistana, da polêmica série 13 Reasons Why e pelo famigerado jogo Baleia Azul.

Estudiosos cogitam motivos para o crescimento de suicídios entre adolescentes e jovens, já que, no mundo, o suicídio é a 2ª. maior causa de mortes entre pessoas de 15 a 29 anos e, no Brasil, é a 4ª. maior.

Os fatores de risco para adolescentes e jovens são: bullying, cyberbullying, maus tratos na infância, discriminação por conta da orientação sexual, dependência das redes sociais e empobrecimento das relações reais, transtornos mentais entre eles a depressão, bipolaridade, de personalidade, esquizofrenia e a dependência de álcool e drogas.

Pesam também o desafio de lidar com um corpo e cérebro em transformação, impulsividade natural desta idade, conflitos familiares, dificuldades interpessoais, pressão escolar e a futura escolha de uma profissão. É comum que em muitos momentos a sensação de solidão, inadequação, desesperança e questionamentos sobre o sentido da vida apareçam.

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Sobre depressão, vale citar publicação recente da Revista Veja, publicada em 25 de abril deste ano, informando que “no Brasil, estima-se que 10 milhões de meninas e meninos sejam acometidos por ao menos uma crise de depressão ao longo da juventude.”

Esse conjunto de fatores nos leva a crer que adolescentes e jovens podem ter problemas emocionais na vida real e o ocultamento pode contribuir para alguém se suicidar.

Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), porém, 90% dos casos de suicídio teriam sido evitados se as causas tivessem sido tratadas adequadamente. Para isso acontecer, precisamos estar mais conscientes quanto aos fatores de risco para suicídio e ventilá-los nas nossas comunidades, o que resultará em prevenção, uma vez que nossos filhos ou membros de nossas igrejas não estão imunes às enfermidades emocionais.

Entretanto, temos por um lado, uma sociedade que cada vez mais, vê no suicídio uma resposta para o sofrimento e por outro, comunidades religiosas que sonegam informações preciosas por conta de tabus ou da equivocada interpretação que as moléstias emocionais são fruto apenas de demonização. É lamentável!

Mas afinal, é o suicídio uma resposta para o sofrimento?

Êxodo 20.13 nos alerta que não. Certamente outras respostas resilientes podem ser construídas mesmo quando imersos em pensamentos mórbidos não às vemos mais, daí a importância de buscarmos auxílio pois alguém poderá nos ajudar a enxergá-las novamente.
Salmo 50.15 nos encoraja a invocar Deus no dia da angústia e Ele nos trará livramento. Jovem, busque apoio! Rompa o silêncio! Vá a Deus! Procure também ajuda profissional como o Centro de Valorização da Vida, (disque 188, 141, ou pelo site www.cvv.org.br) por exemplo.

Reduza o tempo de entretenimento digital. Invista nos relacionamentos reais. Fortaleça os vínculos familiares e entre amigos. Está mais que demonstrado que vínculos protegem contra o suicídio. Pratique atividades físicas. Descubra um hobby. Exercite sua fé!
Não desista! Há um propósito em sua vida, sonhado por Deus desde a eternidade. A fé em Cristo o ajudará a passar pela angústia do viver e reencontrar alegria e esperança em sua adolescência e juventude e num futuro a ser construído com as peculiaridades que só você possui.

Deus o abençoe!

Débora Fonseca é graduada em Direito e Psicologia, membro da Igreja Presbiteriana em Jardim Camburi e coordenadora do Ministério Luz na Noite


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