Plataforma virtual foi criada por voluntários para divulgar fotos de animais resgatados. Tutores também podem postar imagens de pets que estão desaparecidos
Por Patricia Scott
As recentes enchentes no Rio Grande do Sul impactaram não somente a vida das pessoas, mas, também, a dos pets. De acordo com o boletim da Defesa Civil estadual divulgado nessa terça-feira (21), 12.358 animais foram resgatados no estado. O governo acredita, no entanto, que o número é bem maior e, por isso, fará um levantamento. A maioria dos bichinhos foi encaminhada para abrigos provisórios, que já estão superlotados.
Nesse contexto, muitos tutores permanecem em busca dos seus pets. Para ajudar as pessoas a encontrarem seus animais de estimação, foi criada a plataforma “SOS Pets“. Sem fins lucrativos, a iniciativa consiste em um site onde voluntários cadastram fotos de animais resgatados, e os tutores podem efetuar a busca, na tentativa de encontrar o “amigo” perdido.
O veterinário Raphael Clímaco, criador do “Acelera Vet“, é do Rio de Janeiro e encabeça o projeto. Ele esteve no Rio Grande do Sul, para ver de perto a situação dos animais. No município de Canoas, uma das áreas mais afetadas pelas chuvas, ele visitou um abrigo localizado no bairro Mathias Velho. Superlotado, o local abriga cinco mil pets. “Como estávamos com uma caminhonete, fizemos o transporte de alguns deles para outro abrigo, na cidade de Viamão”, relata Raphael.
A “SOS Pets” também possibilita que o tutor cadastre o seu pet desaparecido, preenchendo um formulário. Além disso, as pessoas que estão em local seguro podem se voluntariar para oferecer um lar temporário aos animais que precisam de um lugar para ficar.
Pela plataforma, é possível, ainda, solicitar medicamento. ONG’s e abrigos também podem efetuar o cadastro para fazer parte dessa mobilização. Doações também são recebidas pela “SOS Pets”.
Segundo a secretaria estadual do Meio Ambiente e Infraestrutura (Sema) do Rio Grande do Sul, os animais resgatados passam por uma triagem veterinária. Os que estão em bom estado de saúde são devolvidos aos tutores. Quando não são identificados, vão para abrigos públicos, organizações não governamentais (ONG’s) ou, caso estejam feridos, para clínicas veterinárias. Já os casos mais graves têm sido encaminhados para o Hospital Veterinário da Universidade Luterana do Brasil (Ulbra), em Canoas.