Por mais de duas décadas, o local, em Nablus, tem sido de tensão e violência. Durante os ataques, um palestino foi morto e outros 17 ficaram feridos
Por Patricia Scott
Após ser vandalizado por palestinos, o Túmulo de José foi reparado. Na manhã desta quarta-feira (13), o Conselho Regional de Samaria e a Brigada Regional de Samaria fizeram a restauração no local durante todo o dia. Em Nablus, o monumento de um dos principais patriarcas de Israel sofreu dois ataques. Foi incendiado e vandalizado na noite do último sábado (09) e na manhã de segunda-feira (11).
Antes das forças israelenses iniciarem os trabalhos, o coronel Roi Zweig, brigadeiro-general da Brigada de Samaria, pregou aos soldados, com base em Gênesis e Êxodo: “Neste lugar, a terra foi prometida a Abraão, como está escrito: ‘à tua descendência darei esta terra.’ [Gn 12.7] E hoje agimos ‘desafiadoramente’ [Êxodo 14.8] como nossos antepassados fizeram quando deixaram o Egito na Páscoa, que celebraremos em três dias. A Escritura diz: ‘neste dia!’ Não como ladrões à noite, mas como filhos de reis. Temos o privilégio de restaurar a honra da terra e do povo de Israel”.
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Foram reconstruídas as partes destruídas do Túmulo de José. As paredes, enegrecidas pelo fogo, receberam pintura. Os profissionais também removeram materiais quebrados e entulhos, e ainda consertaram as janelas e o sistema de encanamento danificado e reinstalaram o sistema elétrico.
Desde 2000, esse tipo de ação não acontecia no Túmulo de José. Naquele ano, o controle sobre o local foi devolvido à Autoridade Palestina por determinação do então primeiro-ministro Ehud Barak.
Yossi Dagan, chefe do Conselho Regional de Samaria, liderou a restauração do local junto com o gerente da Diretoria de Kever Yosef, Netanil Snir, e a construtora Har Kabir. Na visão de Dagan a restauração foi um dia histórico. “Pouco antes do Dia da Independência, [estamos] restaurando a honra nacional do povo de Israel e a honra de José, que foi profanada”.
Vale lembrar que por mais de duas décadas, a Tumba de José tem sido local de tensão e violência. Dessa vez, os manifestantes danificaram não apenas a lápide, mas também um lustre pendurado acima dela, um tanque de água e um armário de eletricidade.
Durante os ataques, um palestino foi morto e outros 17 ficaram feridos em um tiroteio com tropas da IDF (Forças de Defesa de Israel). As forças israelenses também efetuaram prisões enquanto supervisionavam o trabalho de restauração, segundo informou o Ministério da Saúde da Autoridade Palestina.
Com informações The Jerusalem Post