O bombardeio ocorreu no Norte do país, região que é regularmente afetada. “A igreja foi atingida por canhões e mísseis”. Saiba mais!
Por Patricia Scott
O vilarejo Tal Tawil, habitado predominantemente por cristãos, no Norte da Síria, foi bombardeado. O local está praticamente inabitado. O ato de violência ocorreu no último dia 28 de maio, segundo Portas Abertas. Muitos imaginam que a guerra no país cessou. No entanto, quase diariamente, há bombardeios e tiroteios no país, que enfrenta uma guerra há 11 anos. Na Lista Mundial da Perseguição (LMP) 2022, a Síria surge na 15ª posição.
No Facebook, fotos de uma igreja danificada foram compartilhadas. Uma organização parceira da Portas Abertas na Síria confirmou que as imagens são verídicas. A Mar Sawa Church foi a mais prejudicada no ataque da Turquia. “Essa região é regularmente atacada pela Turquia e seus aliados. A igreja foi atingida por canhões e mísseis”, revelou um membro da instituição.
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Portas Abertas informa que a vila de Tal Tawil fica na margem fértil do rio Khabur. A instituição missionária pontua que muitas vilas na região são conhecidas como áreas cristãs, já que são habitadas há muito tempo por cristãos assírios. Na vila, as casas também foram danificadas pelo bombardeio.
“Os cristãos são poucos agora, muitos foram embora nos últimos anos. Eles recebem ameaças de uma invasão turca diariamente. Há um grande medo de que se essa invasão se completar, toda a área de vilas cristãs se torne bases das forças armadas turcas”, explicou um membro da organização parceira da Portas Abertas. Muitos cristãos também fugiram para Tel Tamr, quase dez quilômetros a leste de Tal Tawil.
Desde 2016, as Forças Armadas da Turquia têm tomado territórios da Síria, de acordo com Portas Abertas. Os sírios temem a ameaça de Recep Tayyip Erdoğan, presidente da Turquia. Recentemente, ele anunciou que enviará uma iniciativa militar para invadir o Nordeste de Aleppo. “O plano turco é estabelecer uma base militar de 30 km na Síria na fronteira entre esses dois países. Na região moram muitos cristãos de origem muçulmana que ficam ainda mais vulneráveis por causa do conflito”, detalha Portas Abertas.