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quinta-feira, 28 março 2024

Nova tendência? Segurança armada nas igrejas

Foto: Reprodução
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Congregações se adaptam às mudanças com política de segurança armada nas igrejas

Localizada em Dallas, nos Estados Unidos, a Igreja Batista Friendship-West conta com segurança armada nos cultos de domingo. A congregação tem disponível durante suas reuniões, uma escolta promovida por um veterano militar, e que lidera uma equipe de 75 pessoas.

Warren Mutchell, membro da congregação é responsável pela segurança durante os cultos. Segundo ele o seu trabalho e o compromisso com a igreja caminham juntos. “Você simplesmente não pode sentar-se confortavelmente, especialmente do meu assento, porque sei que sou responsável pela segurança da igreja”, revelou.

A congregação como outras em todo o país, foram forçadas a aumentar o treinamento após ameaças recentes. Frederick D. Haynes III, pastor da igreja Batista Friendship-West, apareceu em uma lista ao lado de vários políticos progressistas que receberam ameaça pelos correios no ano passado.

O veterano revelou que a igreja tem 12.000 membros, e expandiu os exercícios de tiro para outras esquipes de segurança e ministérios. “Todos precisavam fazer parte de um ambiente seguro”, disse o veterano.

Em Friendship-West o pastor realiza um retiro anual para aqueles que passam os domingos focados na segurança. “É importante para mim que, embora sejamos uma igreja e sempre mantenhamos os olhos abertos, precisamos lembrar que precisamos alimentar a Palavra”, disse Mitchell.

ATAQUES ÀS IGREJAS

Estima-se que 617 fiéis foram mortos por incidentes violentos nos EUA desde 1999. De acordo com dados da Faith-Based Security Network (FBSN) o número de ataques aumentou anualmente. Assim como foi na Igreja Episcopal Metodista Africana de Emanuel em Charleston, Carolina do Sul em 2015.

Em novembro será o segundo aniversário do tiroteio mais mortal em uma igreja na história moderna. Em síntese, a emboscada vitimou 26 pessoas na Primeira Igreja Batista em Sutherland Springs, Textas. Posteriormente, duas sinagogas americanas também sofreram tiroteios mortais.

Thom Rainer, ex-CEO da LifeWay Christian Resources, escreveu em seu blog que “Existe uma tristeza geral entre os fiéis, que chegamos a esse ponto”. Além disso, declarou que “Membros da igreja (…) não gostam de portas trancadas, câmeras de segurança e membros que carregam armas. Mas eles percebem que essa realidade chegou para ficar”.

O estado do Alabama autorizou em julho do ano passado, que a Igreja Presbiteriana de Briarwood criasse sua própria força policial. Além disso, a Agência Federal de Gerenciamento de Emergência financia a contratação de segurança e oficiais para congregações que estão sob o risco de ataque. Segundo especialistas da Brotherhood Mutual, usar rádios bidirecionais, criar um ponto de entrada e apontar as saídas, são eficientes.

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CARL CHINN

Ex-engenheiro de construção da Focus on the Family em Colorado Springs, Carl Chinn foi feito refém por um homem armado, que entrou no ministério em 1996. Então, 11 anos depois ele era um oficial de segurança da vizinha Igreja Nova Vida. Nesse ínterim, um atirador matou duas irmãs no estacionamento antes de invadir a igreja.

Segundo Carl, “Muitas pessoas entrevistadas disseram: ‘Eu pensei que era gelo caindo do telhado’ ou ‘Eu pensei que eram pilhas de cadeiras ou mesas caindo'”, disse ele.

Atualmente Carl Chinn da FBSN, ensina às agências policiais em todo o país e ajuda as igrejas superarem seu “viés de normalidade”. Quando as pessoas supõem que o pior não poderia acontecer em sua igreja e geralmente não estão preparadas, isso acontece.

Embora 60% dos ataques em locais de culto envolvam armas, nem Chinn nem Mitchell, acreditam que o porte anônimo de armas na igreja é sábio. Chinn disse que apesar de respeitar o direito dos membros da igreja de esconder suas armas: “Por favor, não se envolva se algo grande acontecer na igreja”.

O Texas promulgou nova legislação sobre armas no mês passado. Dessa forma permite os proprietários de armas de fogo levar suas armas para locais de culto. Os estados de Louisiana e Nebraska impediram o acesso total às casas de culto com exceções à segurança treinada.


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